Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PMs insubordinados e governo omisso fazem violência crescer no DF

Policiais se queixam de promessas descumpridas e fazem Operação Tartaruga; homicídios cresceram 40% em janeiro deste ano

Por Gabriel Castro, de Brasília
31 jan 2014, 17h28

A capital federal do país está com medo. Enquanto policiais militares fazem corpo mole no combate à criminalidade e o governo se demonstra incapaz de reagir adequadamente ao problema, a violência cresce dentro e fora do Plano Piloto: o número de homicídios cresceu 40% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 75 mortes.

Na noite de quarta-feira, um rapaz de 29 anos foi morto durante um assalto quando chegava ao prédio onde morava em Águas Claras, bairro de classe média. A audácia dos criminosos, que atiraram no pescoço do jovem quando ele tentou correr, aumentou a sensação de insegurança na população.

Parte do problema se explica pela postura dos policiais militares: desde dezembro, vem crescendo o número de adesões à chamada Operação Tartaruga. Como não podem simplesmente cruzar os braços, os militares atrasam o atendimento a ocorrências e se recusam a intervir em alguns casos. As alas mais radicais chegam a comemorar o aumento da criminalidade como forma de colocar o governo contra a parede.

Reivindicações – Os policiais militares da capital federal têm à disposição uma estrutura bem melhor do que a média nacional e recebem o maior salário do país: a partir de março, o valor inicial para soldados após o curso de formação será de 4.700 reais. Mas os PMs se queixam porque, comparados com o que recebem os policiais civis e os agentes do Detran no Distrito Federal, os vencimentos dos militares é significativamente inferior.

Continua após a publicidade

Além disso, os PMs afirmam que o governador Agnelo Queiroz (PT) não cumpriu promessas feitas durante a campanha eleitoral, como a reestruturação do plano de carreira e o aumento salarial igual ao reajuste anual do Fundo Constitucional – que o governo do Distrito Federal recebe como uma espécie de compensação por abrigar a capital do país.

Também há motivações políticas na tropa: alguns dos líderes do movimento teriam motivações eleitorais. O blog do tenente da reserva Jorge Martins, muito influente dentro da corporação, divulga as atividades do deputado federal Izalci (PSDB), que pretende disputar o governo do Distrito Federal.

Nesta sexta-feira, o governador Agnelo Queiroz se reuniu com a cúpula da segurança pública do Distrito Federal para planejar ações em resposta à onda de violência. Resultado: nada além de discursos enfáticos contra a conduta dos líderes do movimento. Vai ser preciso mais do que isso para retomar a sensação de segurança de uma população perdida entre a irresponsabilidade dos agitadores e a omissão do governo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.