Metroviários decidem entrar em greve em São Paulo
Sem acordo, funcionários fazem paralisação. Justiça determina que 100% do efetivo seja mantido nos horários de pico e 85% nos demais horários
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu, em assembleia realizada na noite desta terça-feira, entrar em greve a partir da meia-noite desta quarta-feira. A paralisação afetará todas as linhas –exceto a linha 4-amarela, que é privada. A decisão contraria determinação judicial, que proibiu a paralisação. A assembleia foi realizada depois que uma audiência entre representantes do Metrô e do sindicato terminou sem acordo, no início da noite desta terça-feira. A audiência de conciliação para discutir o reajuste para a categoria foi convocada pela Justiça do Trabalho.
Por causa da greve, o rodízio de veículos com placas de final 5 e 6 estará suspenso, segundo a CET. Os metroviários reivindicam reajuste salarial de 5,13% e aumento real de 14,99%. O governo estadual apresentou contraproposta de reajuste de 4,15%, aumento real de 1,5% e participação nos resultados a partir de fevereiro de 2013.
Assembleia – Sem acordo, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo marcou uma nova assembleia para esta quarta-feira, ao meio-dia. A categoria planejava liberar as catracas para os passageiros, em protesto contra a negativa da Companhia do Metropolitano de São Paulo em permitir uma paralisação da categoria.
Mas, após a audiência que aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, a desembargadora Anélia Li Chum decidiu que, em caso de greve, os funcionários devem manter 100% do efetivo nos horários de pico (de 5 horas às 9 horas e de 17 horas às 20 horas) e 85% nos demais horários. Em caso de descumprimento, o sindicato terá de pagar multa diária de 100 000 reais. A desembargadora ainda proibiu a liberação das catracas.
A greve já estava sendo discutida há alguns dias, mas a negociação do reajuste foi paralisada na quarta-feira passada, quando dois trens se chocaram na linha-3 vermelha e deixou ao menos 49 pessoas feridas