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Greve descabida: metroviário tem maior reajuste do setor

Sindicato decidiu desafiar a Justiça, e paralisação chega ao quinto dia. Paulistano mais uma vez deve ficar preso em congestionamentos pela cidade

Por Da Redação
9 jun 2014, 05h05

(Atualizado às 6h32)

Depois de quatro dias sem poder usar normalmente o metrô, o paulistano terá outra manhã difícil nesta segunda-feira com a continuidade da paralisação do Sindicato dos Metroviários. Como tem ocorrido desde o primeiro dia da greve, apenas a linha 5-Lilás (Capão Redondo-Largo Treze) e a linha 4-Amarela, administrada sobe concessão pública pela iniciativa privada, operam em toda sua extensão. As demais linhas têm funcionamento parcial nas primeiras horas da manhã: a linha 1-Azul opera entre as estações Paraíso e Luz, a 2-Verde entre Paraíso e Clínicas, e a 3-Vermelha entre Bresser-Mooca e Santa Cecília.

Apesar da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que julgou abusiva a greve que prejudica 4 milhões de pessoas, o Sindicato dos Metroviários decidiu neste domingo não voltar a trabalhar. A categoria considera pequeno o percentual de 8,7% de reajuste salarial oferecido pelo governo paulista – e chancelado pela Justiça. No entanto, dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) apontam que os metroviários têm conseguido aumentos salariais maiores que a inflação e que a média obtida pelos empregados do setor de transportes.

Segundo o Dieese, os metroviários tiveram 6,26% de aumento real entre 2011 e 2013. A média para o setor de transportes nesse período foi de 4,9%. Nas primeiras rodadas de negociação, o sindicato dos metroviários chegou a reivindicar aumento de 35,5%. Depois, passou a falar em reajuste de “dois dígitos” e, na última sexta-feira, pediu 12,2%.

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O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Junior, que na assembleia deste domingo conclamou 3.000 funcionários a enfrentar o governo e desafiar a Justiça, argumenta que o aumento salarial deveria ser maior porque o sistema está superlotado. “O reajuste devia acompanhar o aumento de produtividade. Hoje, transportamos muito mais gente do que há alguns anos”, diz. Entre 2011 e 2013, o total de passageiros cresceu 2,7% – 100.000 pessoas, em média, por dia.

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A data-base de negociações do setor de transportes é maio. Há três semanas, a cidade de São Paulo também viveu dias de caos com a greve-supresa de motoristas e cobradores de ônibus.

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O piso salarial dos metroviários é de 1.323,55 reais. Os salários variam de acordo com o cargo: a maioria dos funcionários de manutenção e de operação das estações ganha de 2.000 a 4.000 reais. Há quatro funções básicas: agente de estação, manutenção dos trens ou de peças, condutor e seguranças.

Reinaldo Azevedo: CUT, a central sindical ligada ao PT, estimula o caos em São Paulo

(Com Estadão Conteúdo)

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