Mesmo com lei aprovada, bloqueios seguem em 3 Estados
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso ainda registram interdições em rodovias; aprovação da Lei dos Caminhoneiros tenta acabar com a greve
Por Da Redação
3 mar 2015, 02h17
Apesar da sanção integral da Lei dos Caminhoneiros nesta segunda-feira, os bloqueios em rodovias federais continuam em pelo menos três Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. Segundo boletim da Polícia Rodoviária Federal divulgado na noite desta segunda, ainda existem 18 interdições totais ou parciais nas estradas: doze no Rio Grande do Sul, quatro em Santa Catarina e dois no Mato Grosso.
Em um dia tenso nas estradas do Rio Grande do Sul, dezenove caminhoneiros foram presos por vandalismo durante as manifestações. Na cidade gaúcha de Camaquá, a Polícia Rodoviária lançou bombas de gás para dispersar os manifestantes. Os protestos pela redução no preço do óleo diesel e do tabelamento dos fretes concentram-se principalmente nas rodovias da Região Sul.
Lei dos Caminhoneiros – Nesta segunda, para tentar pôr fim ao protesto de caminhoneiros, que já dura mais de uma semana, a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou integralmente a Lei dos Caminhoneiros, atendendo a uma reivindicação da categoria. A medida atualiza as regras sobre carga de trabalho, horas de descanso e pagamento de pedágios pelos caminhoneiros.
A nova lei autoriza jornadas mais longas: agora, os caminhoneiros poderão trabalhar até doze horas por dia – o limite era de oito horas. O período máximo sem interrupção ao volante também mudou de quatro para cinco horas e meia. O projeto também flexibiliza o tempo de descanso e atribui aos contratantes as multas por excesso de peso. Além disso, caminhões vazios não precisarão pagar nos pedágios o valor equivalente aos eixos que estiverem suspensos.
A aprovação da lei faz parte do acordo firmado entre o governo e sindicatos de caminhoneiros na semana passada para tentar encerrar a greve, que no seu auge chegou a fechar rodovias em treze Estados. A medida, no entanto, não atende a uma das principais exigências da categoria – a redução do preço do diesel – e foi rejeitada pelo movimento com maior influência sobre os bloqueios. Apesar disso, os protestos sofreram uma redução significativa a partir de domingo e o Planalto confirmou que Dilma sancionaria a lei.
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