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Mesmo após reforma, Planalto teme votação de pauta-bomba

Governo estima ter os mesmos 200 votos que contabilizava antes de entregar sete pastas ao PMDB na sessão do Congresso que analisa os vetos presidenciais

Por Da Redação
6 out 2015, 09h29

A reforma ministerial concluída na semana passada não foi suficiente para aumentar a expectativa de votos favoráveis à manutenção dos vetos presidenciais na sessão do Congresso desta terça-feira. Em reunião na segunda entre líderes da base governista na Câmara e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), o Planalto estimou ter os mesmos 200 votos que contabilizava antes da dança das cadeiras. Os vetos são uma verdadeira pauta-bomba que, se ativada, aumenta consideravelmente os gastos da União. Lideranças partidárias dizem que as trocas promovidas na Esplanada dos Ministérios podem não dar ao governo o resultado esperado no Congresso.

Como informa a coluna Radar, de Vera Magalhães, governo não tem segurança de que conseguirá um quorum confortável para manter o veto às 11h30 – e estuda tentar adiar a sessão do Congresso para a noite.

Berzoini fez apelos para que os vetos sejam mantidos aos líderes da Câmara e do Senado, Casa onde a situação é mais favorável ao governo. O que mais preocupa a Esplanada é o do reajuste dos servidores do Judiciário. O impacto é de 36,2 bilhões de reais até 2019, segundo o governo. Para ser derrubado, cada um dos vetos precisa ter pelo menos 257 dos 513 votos de deputados e 41 dos 81 senadores. O líder do governo, José Guimarães (CE), admitiu não esperar uma votação tranquila. “Eu não posso antecipar a votação. Política é risco. Mas estamos confiantes”, afirmou.

Para o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), o “governo conta com a consciência dos parlamentares para os danos que a derrubada dos vetos pode causar à economia do Brasil”. No seu partido de 39 deputados, há quem reclame que legendas não tão fiéis ao governo receberam ministérios com orçamentos vultosos. O alvo principal da queixa, nesse caso, é o PDT, partido de dezoito deputados que deixou a base do governo rumo à “independência” e recebeu o Ministério das Comunicações, cujo orçamento deste ano é de 778 milhões de reais.

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O PSD, com dezoito deputados, manteve sob seu comando o Ministério das Cidades, mas perdeu o da Micro e Pequena Empresa. Na noite de segunda, o governo tentou fazer o líder do partido na Câmara, Rogério Rosso (DF), retirar seu requerimento para que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seja convocado para explicar na Casa a crise econômica. No PCdoB também houve descontentamento. O ministro Aldo Rebelo foi transferido de Ciência e Tecnologia para a Defesa. No partido de onze deputados, consideraram a troca “injusta” porque a nova pasta da legenda é estritamente técnica e não dialoga com sua base social.

(Com Estadão Conteúdo)

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