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Menina é a 12ª vítima de bala perdida no RJ em nove dias

Criança de 12 anos foi baleada em frente à casa onde mora, no Morro do Chapadão, em Costa Barros. Levada ao hospital, ela tem quadro estável

Por Da Redação
26 jan 2015, 09h29

Uma menina de 12 anos foi vítima de uma bala perdida na madrugada desta segunda-feira no Rio de Janeiro – o 12º caso do tipo em menos de dez dias. A criança foi baleada em frente à casa em que mora, no Morro do Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio. Ela foi socorrida e levada ao Hospital Albert Schwitzer, em Realengo, segundo a Polícia Militar. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o estado de saúde da criança, que entrou no hospital por volta da 0h30, é considerado estável. A PM afirma que não fez nenhuma operação no local e nem se envolveu em qualquer tiroteio no momento do incidente. Facções criminosas rivais se enfrentam pelo controle dos pontos de venda de drogas do Chapadão.

Segundo testemunhas, criminosos de quadrilhas rivais trocavam tiros quando a menina, que estava na rua Javatá, foi atingida. Ela é a 12ª pessoa atingida por bala perdida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro desde sábado, 17. Dez casos ocorreram na capital, um em Niterói e outro em São Gonçalo. Quatro vítimas morreram.

Na noite de domingo, segundo a PM, Adriene Solan do Nascimento, de 21 anos, morreu após ser atingida por uma bala perdida na Rocinha (Zona Sul), durante um tiroteio entre supostos traficantes e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do bairro. Ainda não se sabe de quem partiu o disparo que atingiu a mulher. Ela chegou a ser levada ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu ao ferimento.

No sábado um menino de 14 anos foi atingido por uma bala perdida enquanto brincava em um condomínio no bairro do Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana. O adolescente está internado no Hospital Icaraí, na mesma cidade. Caio Robert Carvalho Rodrigues é de Minas Gerais e passava férias em Niterói. Quando foi baleado, estava ao lado de outras crianças brincando e acreditou ter sido atingido por um raio. O prédio onde Caio passa férias é localizado em um condomínio de classe média da região metropolitana do Rio. Por isso, a família do adolescente demonstrou perplexidade com a possibilidade de uma bala perdida atingir o edifício onde estava.

No mesmo dia, outras três pessoas foram atingidas por balas perdidas. Uma mulher e um adolescente foram atingidos durante um tiroteio no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio. Em São Gonçalo, Diogo da Silva Santos, de 23 anos, morreu durante um tiroteio no centro da cidade.

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Outras seis pessoas haviam sido feridas por balas perdidas entre sábado, 17,e sexta, 23. Duas crianças – Asafe William Costa Ibrahim, de 9 anos, e Larissa de Carvalho, de 4 anos – morreram ao serem atingida. Outra criança e quatro adultos foram feridos, em bairros da periferia da capital.

A ONG Rio de Paz e a família de Larissa de Carvalho fizeram um protesto na manhã deste domingo na Praia de Copacabana. Uma cruz de madeira foi fincada na areia, cercada por brinquedos de Larissa. Parentes de outras crianças vítimas da violência urbana também foram ao ato público. Placas lembravam os nomes de outros meninos e meninas atingidos por balas perdidas na cidade. “Que seja feita justiça. Eu só queria sair com a minha filha, veio uma bala e acertou a cabecinha dela. A polícia só fica na zona sul, por que não investe na segurança dos nossos filhos?”, lamentou a mãe de Larissa, Mileni Carvalho. A menina foi atingida quando saía de um restaurante com a família, no sábado da semana passada. Tia de Larissa, Michelle Carvalho fez um apelo para que qualquer informação sobre a origem da bala que matou a sobrinha seja levada à polícia.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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