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Médico que atenderia Adrielly faltava aos plantões há 1 mês

Neurocirurgião estava escalado para trabalhar no Hospital Salgado Filho, onde a menina de 10 anos precisou esperar oito horas para ser submetida a cirurgia

Por Da Redação
28 dez 2012, 14h41

Em depoimento na manhã desta sexta-feira, o neurocirurgião Adão Crespo disse que faltou ao plantão do dia 25 de dezembro no Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, por “descontentamento” com a escala de trabalho. O médico seria o responsável pelo atendimento a Adrielly dos Santos, de 10 anos, atingida na cabeça por uma bala perdida na madrugada de Natal. Ela esperou oito horas para passar pela cirurgia de retirada do projétil. Na quinta-feira, Adrielly foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, mas continua em coma induzido e seu estado é considerado grave.

Crespo confirmou que faltava aos plantões há mais de um mês por discordar das condições de trabalho no Hospital. O médico alegou que uma resolução do Conselho Regional de Medicina determina que ao menos dois médicos neurocirurgiões estejam presentes nos plantões. Crespo seria o único na especialidade a trabalhar na noite do dia 25 de dezembro e, segundo ele, a determinação do conselho não era cumprida no Hospital Salgado Filho.

Em depoimento ao delegado Luiz Archimedes, responsável pelo caso, o médico afirmou ter comunicado sua decisão ao chefe do setor de neurocirurgia, identificado como José Renato Paixão. Ele será ouvido no próximo dia 4, com outros médicos do hospital. A Polícia Civil também estuda pedir a quebra do sigilo telefônico do médico plantonista para confirmar a versão apresentada. O livro de registro de frequência dos médicos também será solicitado pelo delegado.

No início da manhã, o advogado de Crespo, Alex de Souza, afirmou que seu cliente não compareceria para prestar depoimento, pois estaria de licença médica em função de uma crise de hipertensão. “Ele estava constrangido com a situação, mas aparentemente não estava com mal-estar”, declarou o delegado. O neurocirurgião plantonista deixou a delegacia sem falar com a imprensa. Ele poderá ser indiciado por omissão de socorro.

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(Com Estadão Conteúdo)

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