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MBL deve lançar até 10 candidatos a prefeito e 200 a vereador

Antes refratário a partidos políticos, grupo que organiza manifestações pelo impeachment de Dilma agora planeja ter candidaturas de oposição

Por Da Redação
29 set 2015, 09h47

Depois de rejeitar a presença de políticos nos protestos de rua, o Movimento Brasil Livre, um dos grupos mais atuantes nas manifestações pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, passou aos poucos a estreitar relação com parlamentares e agora decidiu entrar formalmente no sistema político-partidário. O grupo pretende lançar candidatos a prefeito e a vereador em centenas de cidades brasileiras nas eleições de 2016. A principal aposta do grupo é o estudante Fernando Holiday, de 18 anos, que concorrerá a uma vaga na Câmara de São Paulo, provavelmente pelo DEM.

O grupo, que tem núcleos municipais em 173 cidades, está incentivando a filiação de suas lideranças locais em partidos – e já criou um manual para a criação de novas filiais. A estimativa dos coordenadores nacionais do movimento é lançar de cinco a dez candidatos a prefeito e vice, e de 150 a 200 postulantes a vereadores.

As conversas mais adiantadas são com ao menos quatro legendas: PSDB, DEM, PPS e PSC. O Partido Novo entrou no rol depois de conseguir registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o diálogo está apenas no início, afirma o empresário Renan Santos, um dos coordenadores nacionais do MBL. “Estamos abertos a dialogar com qualquer legenda. As exceções são os de extrema esquerda, como PSTU, PSOL, PC do B e PCB”, disse.

Em São Paulo, além de lançar Holiday para a Câmara Municipal, o grupo tenta viabilizar uma candidatura a prefeito, que correria por fora “para participar do debate”. O grupo ainda busca um partido que compre essa ideia. A maior aposta do MBL para concorrer a um cargo no executivo municipal é o nome do jornalista Paulo Eduardo Martins, que deve sair candidato a prefeito em Curitiba (PR).

A ideia de participar das eleições de 2016 é um embrião para fundamentar dois passos ainda maiores, cogitado pela coordenação do grupo para as eleições de 2018: a criação de um partido próprio e o lançamento das candidaturas dos coordenadores nacionais para cargos majoritários. Por isso, na campanha do ano que vem, o rosto mais conhecido do grupo, Kim Kataguiri, de 19 anos, vai atuar como “embaixador” do MBL. “A ideia é que eu viaje pelo país aparecendo ao lado dos candidatos e grave vídeos de apoio.”

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Para reforçar a marca do grupo, nas conversas com os dirigentes partidários os coordenadores do movimento têm colocado na mesa ao menos uma condição: ainda que filiados formalmente aos partidos, os membros do grupo serão apresentados como candidatos do MBL. Isso inclui a sigla do grupo ao lado do nome do candidato em toda a programação visual da campanha, que ficaria sob a responsabilidade do núcleo central do movimento.

Presidente do DEM no Rio Grande do Sul, o deputado federal Onyx Lorenzoni é dos mais entusiasmados com a ideia do ingresso de líderes das manifestações de rua na política formal. Ele não vê problema em os candidatos serem apresentados como membros do grupo. “Eles dialogam melhor e têm mais legitimidade com as ruas do que nós. São representantes da boa rebeldia.”

O deputado Carlos Sampaio líder do PSDB na Câmara, disse ver “com bons olhos” eventuais candidaturas de militantes do MBL, mas defendeu que o grupo também dê suporte a nomes escolhidos pelos líderes partidários. “Eles se mostraram interessados também em apoiar candidaturas de pessoas sérias indicadas pelo partido”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

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