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‘Marina e eu vamos reiterar compromissos de Campos’, diz Beto Albuquerque

O deputado federal foi escolhido pelo PSB para ocupar a candidatura de vice na disputa presidencial. Executiva do partido deve consolidar chapa na quarta

Por Talita Fernandes
19 ago 2014, 23h27

Escolhido para ocupar o cargo de vice ao lado de Marina Silva na chapa do PSB que disputa a Presidência da República, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) disse estar honrado em receber a missão e afirmou que não haverá mudança de discurso. “Há um programa de governo que tem que ser honrado. Há propostas apresentadas por Eduardo Campos que serão mais que honradas, executadas com a vitória que vamos construir nas ruas com apoio do povo. A Marina e eu vamos reiterar esses compromissos. Não há necessidade de documento nenhum”, disse, esclarecendo que o partido não exigirá que Marina Silva assine uma carta de compromisso com o PSB.

Albuquerque se pronunciou no Recife, logo após a missa de sétimo dia de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada. Ele retornou à capital pernambucana na manhã desta terça para se reunir com o presidente do PSB, Roberto Amaral e Carlos Siqueira, secretário-geral do partido. O encontro, realizado na casa da viúva de Campos, Renata, contou com a participação de lideranças locais do partido, como o candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e o ex-ministro e candidato ao Senado, Fernando Bezerra Coelho. “Quero dizer que eu recebi um convite ainda ontem à noite (segunda), no final da noite, para que viesse aqui conversar com ela (Renata). Estive nessa conversa hoje junto com o prefeito Geraldo Júlio, com Paulo Câmara, com Sileno (Guedes, presidente do PSB-PE)”, disse Albuquerque.

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A chapa foi oficializada à noite, em nota do PSB – o presidente da legenda, Roberto Amaral, disse que ela será sacramentada nesta quqrta, em Brasília. O nome do parlamentar estava entre os mais cotados, graças à sua ligação com Campos e ao fato de ter bom relacionamento com Marina. Renata Campos, que chegou a ser cogitada para assumir o cargo de vice, negou a oferta e afirmou que seu foco será cuidar dos cinco filhos. Segundo Amaral, Renata “seria a candidatura dos sonhos, a candidatura da unanimidade”. “Ela, porém, declinou do convite, emocionada, principalmente com os apelos que ela recebeu nas ruas da população, das pessoas pobres, que estavam chorando, acompanhando o félitro, agradece as manifestações de apreço, mas no momento a prioridade dela é cuidar da família e dedicar-se à campanha do Paulo (Câmara).”

Na segunda-feira, em evento com a militância do PSB-PE, Renata afirmou que ‘participará por dois’ na campanha eleitoral, e deixou claro que se empenhará na eleição de Câmara como governador de Pernambuco. A ausência do marido deixa o partido, e o Estado, sem uma forte liderança.

Inicialmente, o partido pretendia realizar nesta terça um encontro em Brasília para discutir os novos candidatos, mas decidiram fazer uma reunião com Renata, para que a escolha também tivesse, de certa forma, o aval da viúva. “Nós escolhemos fazer este anuncio aqui em Pernambuco em homenagem a Arraes, em homenagem a Eduardo, em homenagem a Renata e homenagem a Paulo Câmara, o nosso candidato a governador, em cuja eleição nós nos empenhamos fortemente. A eleição estadual aqui adquire um caráter nacional. Está sendo encarada nacionalmente pelo partido com essa característica”, disse Amaral. Já Albuquerque também tentou se aproximar da ala pernambucana do PSB. “Saio daqui mais pernambucano do que nunca.” Segundo ele, o PSB “está 100% unificado em honrar este legado de Eduardo Campos”. Após o evento, os membros do partido indicaram que a campanha presidencial deve ser retomada no próximo fim de semana, com agenda em Recife.

Alianças – Albuquerque aproveitou sua fala para dizer que as alianças regionais, firmadas por Campos, serão mantidas. “Foi assim que pudemos fazer nessa conjuntura de muitos Brasis dentro do Brasil. Cada Estado tem sua realidade. Não há nenhum estresse sobre isso e a Marina está absolutamente engajada nesse projeto junto com a gente, então não há necessidade de qualquer tipo de documento”, disse. Uma das principais preocupações do partido, e dos aliados regionais, é se Marina manterá alianças costuradas por Campos, especialmente em Estados que vão de encontro com as convicções da ex-senadora, como São Paulo, Paraná e Santa Catarina, por exemplo, onde o PSB está aliado com o PSDB.

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