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Marconi Perillo diz que PT sempre o quis sozinho na CPI

Governador de Goiás afirma que provará inocência em fala à comissão, marcada para dia 12 de junho. Ele nega envolvimento com Cachoeira

Por Carolina Freitas
1 jun 2012, 15h13

O governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou nesta sexta-feira ver com tranquilidade sua convocação para depor na CPI do Cachoeira. A fala dele no Congresso Nacional está marcada para 12 de junho. O tucano prometeu levar à comissão provas de que não tem qualquer envolvimento com o grupo criminoso do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Desde que vieram à tona escutas da Polícia Federal (PF) que mostram o governador e integrantes da administração estadual em conversas com o contraventor, Perillo vem se oferecendo para ser ouvido e investigado pela Justiça e pela CPI. Na terça-feira, ele foi a Brasília entregar aos parlamentares uma carta em que pede para prestar depoimento. “Eu já esperava ser convocado”, afirmou nesta sexta no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. “Afinal, houve sempre uma articulação muito forte por parte do PT para que eu fosse ouvido sozinho. O PT só não esperava que outras pessoas também pudessem ser ouvidas.” A CPI aprovou requerimento para ouvir também o governo do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, no dia 13. A proposta de convocar o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no entanto, foi rejeitada pelos parlamentares. Cabral aparece em fotos e vídeos confraternizando com o empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta, epicentro do escândalo Cachoeira. Nas escutas da operação Monte Carlo, feitas com autorização judicial, a chefe de gabinete de Perillo, o corregedor da polícia e o secretário de Segurança foram flagrados trocando favores com o grupo de Cachoeira. A interceptação captou também um telefonema de Perillo para o bicheiro, para parabeniza-lo pelo aniversário, além de combinações e repercussões de um jantar que reuniu o governador e o contraventor na casa do senador Demóstenes Torres. Além disso, a PF descobriu que o governador vendeu uma casa no valor de 1,4 milhão de reais em um condomínio de luxo em Goiânia a uma empresa laranja comandada pelo bicheiro. Os cheques dados em pagamento pela casa de Perillo eram de Leonardo Almeida Ramos, sobrinho do contraventor. Nesta sexta, um dos responsáveis pela propaganda eleitoral de Perillo na campanha de 2010, Luiz Carlos Bordoni, afirmou ter recebido salários de outra empresa laranja de Cachoeira. Ainda assim, o governador insiste: “Não há uma denúncia sequer em relação a minha pessoa. O que existem são diálogos, muitos deles irresponsáveis, citando o meu nome ou o nome de outras pessoas que participaram do governo. Não tenho nenhum motivo para me preocupar.” Perillo lembrou que afastou e instaurou processos disciplinares contras os 36 policiais civis e militares acusados de participar do esquema de corrupção do bicheiro, fazendo vista grossa aos negócios de jogo ilegal de Cachoeira. “No meu governo, já apreendemos mais de 2.500 máquinas de caça-níveis.” Contratos com a Delta – Ele afirmou ainda que levará à CPI dados sobre os contratos firmados entre o governo de Goiás e a Delta. “A relação com a Delta foi extremamente institucional. A empresa participou de algumas licitações como todas as outras, dando um desconto enorme nos preços.” Na terça-feira, a Controladoria-Geral do Estado apresentou o primeiro relatório de uma auditoria ordenada por Perillo nos contratos do governo com a Delta. O documento indica que foram firmados dezenove contratos com a empresa entre 2007 e 2012, dos quais dezesseis estão em vigência. Foram analisados contratos assinados pela empresa com a Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas, as Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), a Saneamento de Goiás (Saneago) e a Secretaria de Segurança Pública e Justiça. Em dois casos, a Controladoria identificou que não houve execução do contrato e pediu sua rescisão, em oito, foram solicitadas informações complementares aos órgãos e à Delta.

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