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Manifestação no centro de SP lembra fim da ditadura

Por Da Redação
1 abr 2012, 13h19

Por Suzana Inhesta

São Paulo – Quase 200 pessoas se reuniram por volta das 12 horas deste domingo (1) junto ao Cemitério da Consolação, no centro de São Paulo, para iniciarem uma manifestação sobre a ditadura militar, organizada pelo Cordão da Mentira. Composto por ativistas políticos, grupos de teatro e sambistas de diversos grupos e escolas da capital paulista, o Cordão da Mentira questiona o “real fim” do movimento repressivo militar. A data foi escolhida porque neste domingo é comemorado o Dia da Mentira e ontem foram relembrados os 48 anos do Golpe Militar de 1964.

“Oficialmente, o período da ditadura acabou. Porém, o Brasil é o único país da América Latina que não julgou os criminosos da ditadura. Como não tivemos esse julgamento, temos ‘heranças’, marcas ainda presentes de repressão e violência contra movimentos sociais e o direito de livre expressão”, declarou à Agência Estado, por telefone, uma das integrantes da organização da manifestação, Priscila Oliveira.

Para outro integrante da organização, Fábio Franco, a intenção do Cordão da Mentira é recordar a participação civil no período ditatorial e apontar como o Estado Democrático ainda não estaria totalmente consolidado no País. “É um movimento estritamente pacífico, não utilizaremos provocações diretas”, disse Franco.

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Às 12h20, havia cerca de 200 pessoas no local de concentração, no Cemitério da Consolação, mas a expectativa, conforme Franco, era reunir 1,4 mil pessoas (mil atraídas somente via Facebook e o restante por meio das reuniões dos apoiadores e organizadores). O Cordão comandaria um sarau intitulado “Luís da Gama”, em alusão ao poeta, escritor, jornalista e líder abolicionista, como protesto pela “farsa” do fim da escravidão.

Entre 13h e 13h30, o grupo começaria um desfile pelas ruas da cidade, visitando lugares marcantes do período da ditadura militar: Rua Maria Antônia (“guerra da Maria Antônia”); Avenida Higienópolis – sede da Sociedade Tradição Família e Propriedade (TFP), uma das organizadoras da “Marcha da Família com Deus Pela Liberdade”, que 13 dias antes do golpe convocava o Exército a se levantar “contra a desordem, a subversão, a anarquia e o comunismo”; Rua Martim Francisco; Rua Jaguaribe; Rua Fortunato; Rua Frederico Abranches; parada no Largo da Santa Cecília; Rua Ana Cintra – Elevado Costa e Silva; Rua Barão de Campinas; Alameda Glete; Rua Barão de Limeira; Rua Duque de Caxias – Cracolândia/Projeto Nova Luz; e Rua Mauá.

A dispersão, prevista para as 17h, estava marcada para esquina da Rua Mauá com a Rua General Osório, antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops).

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