Mandado de prisão contra Roberto Jefferson só sairá na segunda-feira
Ex-deputado chegou a comunicar que se apresentaria a partir das 8h deste sábado. Pelo Twitter, no entanto, PF confirmou que ordem de prisão não será expedida no fim de semana. Delator do mensalão recebeu médico particular
A Polícia Federal informou, por volta das 10h40 de hoje, em sua conta no Twitter, que o mandado de prisão contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) só sairá na segunda-feira. A assessoria de comunicação da Superintendência da PF no Rio declarou que a instituição manterá agentes de plantão permanentemente na porta da casa do ex-deputado até a chegada da ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-deputado federal voltou a aparecer na sacada de sua casa em Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio, por volta das 10h30. Ele disse que está pronto para se entregar desde as 5h30 porque pensou que o mandado de prisão já estaria com os agentes da Polícia Federal às 6h. Jefferson disse que dormiu apenas quatro horas à noite, mas que está tranquilo.
O ex-deputado recebeu em sua casa neste sábado seu médico particular. O objetivo é elaborar um atestado médico para garantir que ele possa levar para a prisão os cerca de 20 medicamentos necessários para a manutenção de seu tratamento. Ele se recupera de uma cirurgia para a retirada de um câncer no pâncreas e precisa de medicamentos e dieta específicos. A defesa chegou a anexar ao processo do mensalão, como argumentação em favor do regime domiciliar, cópia de sua dieta nutricional, que inclui salmão defumado, geleia real e suco batido com água de coco.
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O presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, determinou na tarde de sexta-feira a prisão do ex-deputado. Condenado a sete anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, Jefferson cumprirá a pena em regime semiaberto no Rio de Janeiro. O processo contra Jefferson havia se encerrado (trânsito em julgado) no dia 14 de novembro, um dia antes de os primeiros condenados no mensalão, entre eles o ex-ministro José Dirceu e os petistas Delúbio Soares e José Genoíno, terem a prisão decretada. Porém, sucessivos recursos pedindo que o ele pudesse cumprir pena prisão domiciliar adiaram para este ano o início da execução da pena.
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