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Maioria dos valets deixa carros na rua. E em local pouco seguro

Teste realizado pela Proteste avaliou o serviço em vinte bares e restaurantes em São Paulo e no Rio de Janeiro

Por Nicole Fusco
27 fev 2015, 13h09

Empresas que oferecem serviço de valet em bares e restaurantes, embora cobrem (e caro) pelo serviço, muitas vezes deixam os veículos dos clientes na rua – em locais pouco seguros ou onde o estacionamento é proibido. É o que mostra uma pesquisa da associação de defesa do consumidor Proteste realizada em vinte estabelecimentos de São Paulo e Rio de Janeiro. O levantamento detectou que apenas estabelecimentos dispõem de informações claras sobre o local de destino dos veículos, todos na capital paulista: o restaurante Arábia, o Boteco São Bento, a Lanchonete da Cidade e a pizzaria Esperanza. No Rio, cinco estabelecimentos – Amir, Balada Mix, Gonzalo, Gula Gula e Paris 6 – avisavam que o carro ficaria na rua, mas sem especificar exatamente onde.

No restaurante Hollandaise, no Rio, por exermplo, o motorista foi informado de que seu carro seria estacionado em local fechado, enquanto, na verdade, o veículo foi deixado sobre a calçada, na lateral do estabelecimento. No Entretapas e Capricciosa, também no Rio, os carros bloquearam garagens ou ficaram abaixo de placas que indicavam ser proibido estacionar. Já em São Paulo, nos restaurantes Bacalhoeiro, Brasil a Gosto e no Bar Brahma, os manobristas estacionaram na rua.

O teste detectou outras irregularidades no serviço, como falta de informação sobre o valor do seguro a que os clientes têm direito e recibos emitidos em desacordo com a regulamentação: sem especificar dia e horário em que a empresa recebeu o veículo, assim como seu modelo, marca e placa. No Rio, apenas o valet do restaurante Amir incluiu no recibo a identificação completa do automóvel e o dia e horário da prestação do serviço. Quanto ao recibo fiscal entregue ao consumidor, todos os estabelecimentos de São Paulo entregaram Nota Fiscal. No Rio, porém, o comprovante era a própria comanda de consumo, o chamado “canhoto”, com exceção do Majórica, o único a dar Nota Fiscal.

Para avaliar o risco de furto, foram deixados nos carros óculos escuros, uma máquina fotográfica no porta-luvas e 8 reais em notas e moedas à vista. Em São Paulo, apenas Famiglia Mancini, Lanchonete da Cidade e Speranza declararam os bens deixados no veículo. Somente em um estabelecimento do Rio – cujo nome a pesquisa prefere não divulgar – os colaboradores notaram a ausência de três reais em moedas.

O serviço de valet é quase sempre terceirizado por bares e restaurantes – e não há uma associação que represente as empresas do setor no Brasil. Ouvido, o Bar Brahma informa que o carro foi deixado na rua porque o cliente chegou a próximo ao horário de fechamento do estabelecimento. Já o Brasil a Gosto disse que era mais seguro parar o carro sobre a calçada, ao lado do estacionamento. O carioca Hollandaise se comprometeu a tentar corrigir os erros apontados pela pesquisa, e justificou o fato do carro ter sido parado sobre a calçada alegando que as vagas no estacionamento não são suficientes para todos os veículos. Afirma, contudo, que os carros do lado de fora são supervisionados.

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