Mãe de dançarino diz ter sido ameaçada de morte
Maria de Fátima teria sido ameaçada por um rapaz enquanto percorria a Lagoa Rodrigo de Freitas. Ela recusou o programa de proteção à testemunha
A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino Douglas Pereira, conhecido como DG, disse ter sido ameaçada de morte na tarde de segunda-feira, quando caminhava na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O governo do Estado ofereceu à Maria de Fátima a possibilidade de ingressar no programa de proteção à testemunha, mas ela não aceitou.
Fátima contou que caminhava na ciclovia, quando percebeu um carro reduzindo a velocidade e se aproximando dela. Um homem com uma tatuagem de dragão no braço e olhos castanhos claros teria apontado uma pistola para ela. “Cala a sua boca ou eu vou calar”, teria dito o homem, segundo Maria de Fátima.
A mãe de DG assistiu a uma missa, em memória do seu filho, e em seguida foi à 13ª DP registrar queixa sobre a ameaça.
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A perícia realizada no Morro Pavão-Pavãozinho no dia seguinte à morte do dançarino DG, de 26 anos, apontou que houve tiroteio recente na favela, segundo o delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ª Delegacia de Polícia. Os peritos encontraram marcas de tiros nas paredes dos dois lados de uma quadra esportiva, próximo ao local em que o dançarino participava de um churrasco. Moradores acusam os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora de terem feito os disparos. Para o delegado, a perícia é indício de que houve confronto com traficantes.
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O delegado enviou 50 cápsulas de projéteis da PM para análise no Instituto de Criminalística. Elas foram comparadas com uma cápsula deflagrada e a ponta de uma bala recolhida nas proximidades do local em que DG foi encontrado morto. Ambas são de calibre .40, de uso exclusivo das polícias, mas a munição também é utilizada por criminosos.
(Com Estadão Conteúdo)