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Lupi afasta operador de esquema de extorsão no Trabalho

Anderson Alexandre dos Santos comandava achaque a ONGs ligadas à pasta

Por Da Redação
5 nov 2011, 12h50

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, determinou neste sábado o afastamento do assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de Qualificação, e operador do esquema de achaque a ONGs que tinham contrato com a pasta, conforme mostra reportagem de VEJA desta semana. Santos era o reponsável por recolher o dinheiro das entidades, após a extorsão. Por meio de nota, Lupi disse que “não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos” e mandou abrir sindicância para apurar as irregularidades.

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Leia também: CGU confirma irregularidades em ONGs do Trabalho

Para voltar a receber os recursos, as ONGs eram orientadas por assessores próximos a Lupi. Eles alertavam que o caso seria enviado à Controladoria Geral da União (CGU) para investigação, mas ofereciam uma “alternativa”: o pagamento de propina, em valores que variavam entre 5% e 15% do valor do contrato. Assim, para “normalizar pendências”, as ONGs tinham que recorrer às mesmas pessoas responsáveis por “criar as pendências”.

Na nota, divulgada pela assessoria, o ministro informa que o afastamento de Santos valerá pelo tempo que durar as investigações. Mas ressalta que será respeitado princípio da ampla defesa tanto dele como de outros servidores envolvidos nas denúncias.

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Lupi está na mira da presidente Dilma Rousseff, que deve reformar sua equipe no início de 2012. Dilma tem acompanhado há tempos as denúncias de cobrança de propina na pasta comandada por Lupi e, em agosto, mandou que ele demitisse seu chefe de gabinete, Marcelo Panella – também envolvido com o esquema de extorsão, como mostra VEJA.

Na avaliação de auxiliares de Dilma – que perdeu cinco ministros por corrupção em seu primeiro ano de governo – é preciso, por enquanto, apenas “monitorar” o caso, uma vez que a presidente já tomou providências para coibir fraudes em convênios com ONGs. Por ordem de Dilma, todos os convênios com ONGs passam por uma operação pente-fino por um período de 30 dias.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério do Trabalho:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

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O Ministério do Trabalho e Emprego informa que todas as denúncias publicadas neste sábado pela Revista Veja serão apuradas por meio de uma sindicância interna, que contará com o auxílio dos órgãos de controle externo, além da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, assim como determinou o Ministro Carlos Lupi;

Que o colaborador Anderson Alexandre dos Santos, citado na reportagem, será imediatamente afastado de suas funções até que sejam apuradas todas as denúncias das quais é acusado;

O Ministério do Trabalho e Emprego também informa que as denúncias, sem comprovação, devem respeitar o princípio do amplo direito de defesa das pessoas ali citadas, evitando assim qualquer prejuízo à imagem da instituição e de seus funcionários;

O Ministério do Trabalho e Emprego reitera que não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos.

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(Com Agência Estado)

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