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Lixão de Jardim Gramacho é fechado no Rio de Janeiro

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o prefeito Eduardo Paes colocaram um cadeado simbólico no lixão, depois de mais de três décadas de funcionamento

Por Da Redação
3 jun 2012, 16h14

Após 34 anos de funcionamento do maior lixão a céu aberto da América Latina, Gramacho, enfim, foi fechado. A cerimônia simbolizada pelo ato do prefeito Eduardo Paes de colocar um cadeado na montanha de lixo ganhou um ar festivo neste domingo. O clima de comemoração tentou minimizar as lembranças da demora para que o lixão tivesse seu fim, do impacto ambiental na região e dos catadores que por anos ganharam a vida em condições sub-humanas de trabalho.

“A gente passou os últimos 30 e poucos anos cometendo um enorme crime ambiental, que é esse lixão às margens da Baía de Guanabara”, disse Paes. O prefeito afirmou que o Rio vai aplicar dois bilhões de reais nos próximos 15 anos para tratar os resíduos sólidos. Por esse mesmo período, a empresa Novo Gramacho explorará o gás metano produzido no lixão, que será vendido para a Reduc, a refinaria de Duque de Caxias. A empresa terá de investir a quantia de 20 milhões no bairro onde, por três décadas, ficou a montanha de dejetos mais conhecida do país.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve presente e disse ter por objetivo que o fechamento de Gramacho seja modelo para todo o país. Citando a meta do Estado do Rio de fechar todos os aterros no entorno da Baía de Guanabara até o fim do ano, a ministra disse que está lançado o “desafio de o estado do Rio de Janeiro ser o primeiro a cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos”. A meta do governo federal é de eliminar os lixões até 2014.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída pela Lei 12.305, de 2010. A ministra definiu o cumprimento do prazo para implantação da política como um “desafio imenso”. “O prazo é muito curto, mas é importante que os instrumentos para a concepção desse objetivo sejam consolidados”, disse Izabella em encontro com jornalistas durante a cerimônia de encerramento das atividades de Gramacho.

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A ministra também lembrou que a responsabilidade de erradicação dos lixões é dos municípios. O governo federal tem atuado no financiamento de iniciativas locais de adequação à lei. “Os Planos Municipais de Resíduos Sólidos são necessários exatamente para a erradicação dos lixões. Além disso, até o fim do ano implantaremos, em quatro cadeias, a estrutura de logística reversa”, completou Izabella.

Uma das saídas encontradas pelo governo federal para aumentar os índices de reciclagem é o estimulo à logística reversa. Entre o fim deste ano e o começo de 2013, essa política será implantada nas cadeias de embalagens, de óleo lubrificante, eletroeletrônicos, lâmpadas e descarte de medicamentos. Através de contratos com o governo, fabricante, importadores, comerciantes e distribuidores passarão a cuidar da etapa final do seu produto, que é quando ele vira lixo.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, ao fechar o aterro e construir o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, o Rio dá exemplo. “O município está atuando de maneira global. Não temos nada que vai apequenar a participação da cidade do Rio de Janeiro na Rio+20, como anfitriã”, disse Izabella.

(Com Agência Estado)

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