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Lava Jato vai investigar concessões de aeroportos

Por Da Redação
7 dez 2014, 08h50

As concessões e obras em cinco aeroportos, entre eles o de Viracopos, em Campinas (SP) – parte do primeiro pacote de transferência de infraestrutura para a iniciativa privada no governo Dilma Rousseff, em 2012 – estão na mira das novas etapas de investigação da Operação Lava Jato. A força-tarefa que apura fraudes, desvios, corrupção e propina na Petrobras vai buscar a partir de janeiro os “crimes transcendentes” do esquema, conforme suspeita o juiz federal Sérgio Moro.

Além do Aeroporto de Viracopos, que já aparecia nas investigações, estão sob suspeita as obras de adequações no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 2008; do Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, em 2011; do Aeroporto Eduardo Costa, em Manaus, e a concessão estadual do Aeroporto de Feira de Santana, na Bahia, em 2012.

Lista de 750 contratos obtida com o doleiro Alberto Youssef reforçou, na avaliação dos investigadores, a necessidade de apurações em setores de infraestrutura. Três dessas obras – Confins, Galeão e Manaus – estão na lista de 750 contratos apreendida com Youssef. Elas podem ter gerado comissões de 4,4 milhões para o doleiro.

Na semana passada, ao rejeitar pedido de revogação da prisão de executivos de empreiteiras, Moro escreveu que “embora a investigação deva ser aprofundada” em relação a outras áreas, “é perturbadora” a apreensão da planilha de Youssef, sugerindo que os crimes do esquema “transcenderam a Petrobras”. A soma dos valores de “intermediação” – eufemismo para a cobrança de pedágio nos contratos entre empreiteiras e poder público – pode chegar a 11 bilhões de reais.

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“A tabela relaciona obras públicas, a entidade pública contratante, a proposta, o valor e o cliente do referido operador, sendo este sempre uma empreiteira, ali também indicado o nome da pessoa de contato na empreiteira”, observou o juiz. “Embora a investigação deva ser aprofundada quanto a este fato, é perturbadora a apreensão desta tabela nas mãos de Alberto Youssef, sugerindo que o esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras”, diz Sérgio Moro.

Para o juiz, “os crimes, quer praticados através de cartel de empresas, quer produto de iniciativa individual de cada empresa, revelam quadro extremamente grave em concreto”. Moro observa que “não se pode excluir a possibilidade do mesmo modus operandi ter sido ou estar sendo adotado em outros contratos com outras empresas ou entidades públicas”. Esse modus operandi, como mostram as investigações, desaguava inclusive no abastecimento do caixa de partidos políticos com dinheiro ilegal.

(Com Estadão Conteúdo)

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