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Lava Jato: ex-vereador petista diz que dividia propina com ex-ministros

Segundo jornal, Alexandre Romano fechou acordo de delação premiada e detalhou repasses a integrantes do Ministério do Planejamento e a ex-ministro da Previdência

Por Da Redação
21 out 2015, 08h17

O ex-vereador do PT Alexandre Romano, preso na 18ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco II, disse em depoimento que as propinas ligadas a contratos do Ministério do Planejamento eram divididas com o ex-ministro Paulo Bernardo e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, entre 2010 e 2012. As informações são da edição desta quarta-feira do jornal Folha de S. Paulo. Segundo Romano, que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público, os valores eram divididos em partes iguais. O delator informou ainda que, depois de 2012, o ex-ministro da Previdência Carlos Gabbas também começou a se beneficiar do esquema de corrupção.

De acordo com o jornal, o ministério contratou, em 2010, sem licitação, a empresa Consist para avaliar aos bancos qual era a capacidade financeira de funcionários da pasta para tomarem empréstimos consignados. O ministro à época era Bernardo. O que esquema funcionava da seguinte forma: a Consist contratava escritórios de advocacia em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre e o valor que a empresa pagava a eles era repassado para os petistas. Segundo a Folha, um e-mail apreendido pela Polícia Federal aponta que Paulo Bernardo era quem indicava o que deveria ser feito com os recursos. A PF também diz que um motorista da senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Roffmann (PT-PR) foi pago com dinheiro do esquema.

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Investigadores da Lava Jato avaliam que os desvios na pasta somam 51 milhões de reais. O esquema de corrupção começou a ser investigado pela força-tarefa, mas o Supremo Tribunal Federal decidiu que o inquérito deve ser enviado à Justiça Federal de São Paulo. O STF entendeu que ele não tem conexão com a Petrobras.

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Romano estava preso desde 13 de agosto em Curitiba, mas foi libertado no último sábado, depois de fechar acordo de delação premiada. Ele vai ficar em regime de prisão domiciliar. Por possuir foro privilegiado, Gleisi está sendo investigada pelo STF. Já o inquérito sobre o ex-ministro Paulo Bernardo, que não ocupa nenhum cargo atualmente, corre em São Paulo.

O ex-ministro e o PT não se manifestaram sobre as acusações feitas por Romano. Já Carlos Gabbas negou ao jornal ter recebido recursos ilegais e disse que a acusação “não tem lógica nem fundamento” porque a Consist nunca trabalhou para o Ministério da Previdência. Luiz Flavio Borges D’Urso, advogado do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, disse que o petista só recebia doações legais. A senadora Gleisi Hoffmann disse que não teve acesso à delação, que não conhece Romano e que não recebeu doações ou repasses da Consist. Já o advogado de Alexandre Romano, Antonio Augusto Figueiredo Basto, disse que o ex-vereador não fechou acordo de delação.

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(Da redação)

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