Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Justiça veta acesso da Petrobras a inquérito sobre empreiteiras

Também foi rejeitado pedido da Petrobras para tomar depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator do petrolão

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
3 nov 2014, 16h30

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, negou pedido da Petrobras para ter acesso a investigações em andamento que apuram o desvio de verbas da estatal. A petrolífera queria vista integral de inquéritos, originados pela Operação Lava Jato, que apuram esquemas de corrupção praticados com envolvimento de executivos da Petrobras e de prestadores de serviço da estatal.

“Embora legítimo o interesse da empresa requerente, uma vez que tais inquéritos destinam-se a apurar a possível prática de crimes ocorridos em seu âmbito de atuação, o acesso prematuro pode prejudicar as investigações, já que compromete o necessário sigilo”, afirmou o juiz na decisão.

Esses inquéritos são desdobramentos da operação que já originou dez ações penais. Um dos processos trata da lavagem de dinheiro desviado da refinaria Abreu e Lima, construída pela Petrobras em Pernambuco. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa são réus neste caso, que é público e pode ser acompanhado integralmente pela petrolífera. Mas a operação identificou outros esquemas criminosos que ainda estão em etapa de investigação e, por isso, permanecem sob sigilo.

Ainda assim, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal vão opinar se a Petrobras deve ter acesso a inquéritos preliminares sobre a atuação dos executivos das empreiteiras na apropriação ilícita de recursos da petrolífera. Depois dos pareceres, o juiz tomará a decisão final.

Continua após a publicidade

Também foi rejeitado pedido da Petrobras para tomar depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator do megaesquema de corrupção que desviava verbas da petrolífera para o bolso de políticos e partidos. Os advogados da Petrobras tinham requisitado que Costa respondesse a perguntas “de forma escrita e sigilosa”. Mas o juiz também entendeu que investigações criminais em andamento poderiam ser prejudicadas pela “intervenção prematura” de uma investigação administrativa.

Leia também:

Sergio Moro, o juiz na mira dos acusados do petrolão

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.