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Justiça manda soltar acusados de estuprar e matar adolescente

Pedido havia sido feito pelo Ministério Público após denúncias de que os quatro suspeitos confessaram o crime sob tortura

Por Jean-Philip Struck
15 jul 2013, 17h20

A Justiça do Paraná determinou na tarde desta segunda-feira a soltura dos quatro funcionários de um parque de diversões que haviam sido apontados pela Polícia Civil como os autores da morte da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos. O crime ocorreu no dia 25 de junho, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.

O pedido para tirar os suspeitos da prisão foi feito pelo Ministério Público, após laudos apontarem contradições nas investigações, e os presos mostrarem sinais de que sofreram tortura para confessar o crime. Adriano Batista, Sérgio Amorin da Silva Filho, Paulo Henrique Camargo Cunha e Ezequiel Batista, que têm entre 22 e 25 anos, relataram ter sido sufocados, espancados e eletrocutados por policiais da delegacia responsável por investigar o crime.

A adolescente Tayná Silva
A adolescente Tayná Silva (VEJA)

De acordo com o promotor Paulo Markowicz de Lima, caso concordem, os quatro homens devem ser incluídos em programas de proteção à testemunha.

Crime – Inicialmente, a investigação da morte da adolescente Tayná foi tratada como um trabalho bem-sucedido da polícia: 48 horas após o sumiço dela, quatro suspeitos estavam presos e o crime, aparentemente, havia sido elucidado. Por essa versão, os quatro homens, que eram funcionários de um parque de diversões instalado há vinte dias na cidade, vinham notando a jovem Tayná, que morava na região e costumava passar em frente ao terreno onde o parque havia sido montado. Em um determinado dia, eles a teriam sequestrado, estuprado e depois enterrado seu corpo. A divulgação do suposto envolvimento deles causou revolta na população local que, em represália, incendiou o parque.

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A reviravolta no caso começou poucos dias depois das prisões, quando uma perita do caso afirmou que não havia indícios de estupro no corpo da menina. No dia 9 de julho, foi divulgado que o DNA do sêmen encontrado nas roupas da jovem não bateu com as amostras coletadas com os suspeitos. Na sequência, a seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) denunciou que havia provas “inequívocas” de que os suspeitos haviam sido torturados. O Ministério Público também viria a engrossar o coro de que as confissões haviam sido obtidas por meio de violência.

As denúncias levaram ao afastamento dos delegados do caso e de toda a equipe de policiais da delegacia de Colombo, que sofreu uma intervenção por parte da Secretaria de Segurança Pública do Paraná. A corregedoria da Polícia Civil pediu ainda a prisão preventiva dos policiais envolvidos no caso.

Segundo o Ministério Público, a atual fase de investigações ainda não descartou completamente uma eventual participação dos quatro funcionários no crime, mas aponta que a hipótese tem se mostrado cada vez menos provável por causa das provas periciais e das falhas na investigação inicial.

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