Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Justiça ouvirá testemunhas no exterior para esclarecer operações de Youssef

Funcionários do banco PKB, da Suíça, vão ser intimados a prestar depoimento em ação penal que trata de operações simuladas de comércio exterior

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
3 nov 2014, 18h44

A Justiça Federal do Paraná autorizou a convocação de sete testemunhas que moram no exterior para prestar depoimento em uma das ações penais resultantes da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que desvendou um esquema de corrupção que movimentou mais de 10 bilhões de reais. Foram convocados operadores e funcionários de bancos envolvidos nas operações criminosas do grupo comandado pelo doleiro Alberto Youssef. O objetivo é esclarecer o funcionamento do esquema de lavagem de dinheiro do bando.

Leia também:

Justiça veta acesso da Petrobras a inquérito sobre empreiteiras

Sergio Moro, o juiz na mira dos acusados do petrolão

Os depoimentos foram solicitados por João Procópio de Almeida Prado, um dos auxiliares de Youssef. Segundo as investigações, Prado movimentava o dinheiro “lavado” pelo doleiro no exterior. Prado e Youssef são réus em ação penal por lavagem de dinheiro, em que também são feitas acusações contra a doleira Nelma Kodama e contra os irmãos Leandro e Leonardo Meirelles, sócios do laboratório farmacêutico de fachada Labogen. Entre as operações investigadas estão transações fictícias registradas em nome do laboratório. A quadrilha utilizava empresas de fachada espalhadas pelo mundo para esconder dinheiro no exterior e trazer recursos para o país.

Continua após a publicidade

De acordo com a decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, as testemunhas podem ajudar a esclarecer as diversificadas operações articuladas pela quadrilha do doleiro fora do país. Na Suíça, foram convocados executivos do mercado financeiro. Foi intimado Alessandro Seralvo, um funcionário do banco PKB, citado no inquérito como a pessoa que manipulou dados, contas e informações. Eric Kunz, outro funcionário do PKB, também foi alvo de convocação porque manipulou contas utilizadas nos esquemas criminosos.

Duas testemunhas moram em Cingapura: Martin de Cruz é citado pela Polícia Federal como responsável pela criação de “duas empresas no exterior”, utilizadas para transações ilícitas, e Leenah Ng teria ligação com empresas utilizadas no exterior.

Do Panamá, foi intimada Ida de Rodriguez. De Londres, na Inglaterra, foi chamado Michael Reason, um advogado envolvido na montagem de empresas utilizadas nas operações criminosas. Também foi intimada Wyman Leung, de Hong Kong, envolvida em transações investigadas pela Polícia Federal. Os depoimentos vão ser formalmente requisitados por pedidos de cooperação jurídica internacional, enviados para o Judiciário de cada país.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.