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Justiça decreta prisão preventiva de vereadora que forjou sequestro no PR

Vereadora de Ponta Grossa, Ana Maria (PT) está detida em quartel do Corpo de Bombeiros; advogado afirma que tentará obter um habeas corpus

Por Jean-Philip Struck
4 jan 2013, 19h13

A vereadora acusada de ter forjado um falso sequestro logo após tomar posse em Ponta Grossa, na região central do Paraná, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na tarde desta sexta-feira. Segundo a Polícia Civil, Ana Maria Holleben (PT) montou a farsa para evitar participar da eleição da mesa diretora da Câmara, que seria realizada logo após a posse.

Ela já havia sido presa em flagrante logo após reaparecer, na quarta-feira, um dia após ter sido supostamente sequestrada. Sua prisão até então tinha apenas caráter temporário, com duração de cinco dias. Agora, com a decretação da prisão preventiva, ela corre o risco de ficar presa até o julgamento. Outras três pessoas, entre elas o motorista da vereadora tiveram a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias. Outro suspeito de participação na farsa continua foragido.

O advogado de Ana Maria, Pablo Milanese, afirma que já havia entrado com um pedido de liberdade provisória em favor da vereadora na quinta-feira. Agora, com a ordem de prisão preventiva, ele diz que pretende entrar com um habeas corpus. Por ser vereadora, ela tem direito a uma cela especial. Desde a noite de quinta, Ana Maria está em uma sala do quartel do Corpo de Bombeiros, no bairro Nova Rússia, na região central de Ponta Grossa. O advogado afirma que ainda não conseguiu conversar com sua cliente, que estaria abalada com o caso.

Logo após reaparecer, Ana Maria foi internada em um hospital da cidade, com sinais de desidratação e hipertensão. Pouco antes, seu motorista e a mulher dele haviam sido presos.

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Repercussão – O desaparecimento da vereadora que cumpre o terceiro mandato mobilizou a imprensa e a polícia do Paraná. Inicialmente, o caso foi tratado como um sequestro, já que na terça -feira o motorista da vereadora relatou à polícia que o carro em que eles viajavam, após terem deixado a cerimônia de posse, havia sido parado por homens armados, que levaram Ana Maria.

Antes de desaparecer, Ana Maria era esperada na Câmara, onde deveria participar da eleição. O grupo político da petista disputava a direção da Casa. Segundo a polícia, Ana Maria não queria seguir a orientação do partido na votação, e então inventou o sequestro. A Secretaria de Segurança do Paraná chegou a despachar o grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) de Curitiba apara auxiliar nas investigações.

A vereadora, seu motorista, e mais três pessoas que participaram do falso sequestro foram indiciados pelos crimes de falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha.

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