Justiça decreta prisão preventiva de sequestrador de Brasília
Jac Souza dos Santos responde por cárcere privado e pode cumprir pena que varia de dois a oito anos de reclusão, caso seja condenado
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal decretou nesta quarta-feira a prisão preventiva de Jac Souza dos Santos, de 30 anos, que na segunda-feira manteve refém por quase sete horas um funcionário do Hotel St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. O mensageiro José Ailton de Souza, de 49 anos, foi mantido algemado e obrigado a vestir um colete em que o sequestrador afirmava haver explosivos.
Santos se entregou à polícia por volta das 16 horas. Ele foi levado em uma viatura para a 5ª Delegacia de Polícia do DF. Segundo o delegado Pedro Paulo Almeida, a arma que o sequestrador usava era falsa. As supostas bananas de dinamite também. Santos escolheu o 13º andar do hotel justamente em alusão ao PT, partido do qual é crítico. Ele também pedia a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, a realização de uma reforma política e a aplicação efetiva da Lei da Ficha Limpa.
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Nesta terça, Santos já havia informado que o artefato não era uma bomba, não tinha poder letal e foi fabricado durante meses. “O material não passa de um pouco de cimento, pó de serragem de madeira e cola. Os fios eram para lembrar um sistema explosivo”, disse. Santos responde pelo crime de cárcere privado, além de ter causado à vítima grande sofrimento psicológico. Caso seja condenado, pode cumprir pena que varia de dois a oito anos de reclusão.
A decisão é do juiz Arnaldo Corrêa Silva, da 6ª Vara Criminal de Brasília. De acordo com a Polícia Civil do DF, Santos permanece preso no Departamento de Polícia Especializada e deve ser transferido ao complexo penitenciário da Papuda até sexta-feira.
(Com Agência Brasil)