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Justiça decreta prisão de golpista que embolsou R$ 20 mi

Rafael Caram vive na Flórida e já deu entrada no pedido de cidadania americana. Polícia Civil do Rio acionou a Interpol para conseguir sua extradição

Por Leslie Leitão 8 jun 2015, 11h32

A juíza Simone de Faria Ferraz, da 36ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, decretou a prisão do homem que montou uma falsa rede de investimentos financeiros e desviou mais de 20 milhões de reais de amigos da alta sociedade fluminense. Rafael Miranda Caram, de 31 anos, vinha aplicando o golpe havia pelo menos quatro anos e, durante a Copa do Mundo do ano passado, fugiu para Orlando, na Flórida. A Delegacia de Defraudações está acionando a Interpol para que o estelionatário seja preso nos Estados Unidos e deportado de volta para o Brasil. Numa reportagem no final do mês passado, VEJA mostrou como Rafael – filho de de um empresário do ramo de construção civil e morador da Barra da Tijuca, na Zona Oeste – enganou mais de uma centena de pessoas e foi gastar o dinheiro lá fora, onde montou restaurantes e até uma empresa de investimentos.

O golpe descoberto pela Polícia Civil funcionava quase sempre da mesma maneira. Rafael levava amigos (muitos deles de infância) para bares e restaurantes e dizia ter contatos privilegiados para investir no ramo de óleo diesel em negociações com a Petrobras, na compra de aço da China, entre outras negociatas. Prometia lucros de 16% em até 40 dias e o dobro disso em um prazo maior, de um ano. Para seduzir novos “investidores”, chegou a bancar viagens com hospedagem em hotéis cinco estrelas de Las Vegas, Miami e até pela Itália. “O que as vítimas descobriram é que, na verdade, tudo era pago com o dinheiro delas mesmas”, diz o delegado-adjunto da Defraudações, Aloysio Berardo.

Entre as vítimas da quadrilha – Rafael tinha o apoio de pelo menos outras três pessoas, entre elas o empresário Marcelo Coury e a mulher que seria sua secretária, Carolina Resende Zivia – algumas foram obrigadas a vender o apartamento num condomínio de luxo da Barra. Outros perderam 300 000, e outras até 1 milh��o de reais. “Durante um tempo ele chegou a nos pagar os tais 16% que prometia. Mas, na verdade, o que ele estava fazendo era tentando atrair mais dinheiro para roubar uma quantia maior”, desabafa um empresário, que pede para não ser identificado.

A Delegacia de Defraudações descobriu, na semana passada, que Rafael Caram casou nos Estados Unidos com uma outra brasileira naturalizada americana. Detalhe: como os papéis do matrimônio foram assinados no dia 24 de março deste ano, o estelionatário cometeu poligamia, o que lá é considerado crime, já que seu divórcio no Brasil só foi oficializado no último dia 22 de abril, ou seja, quase um mês mais tarde. Caram está com a prisão decretada por estelionato e associação criminosa. No site Procurados, seu nome já figura na lista.

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