Justiça bloqueia bens de acusados no caso Alstom

A ação da Polícia Federal congelou 60 milhões de reais em bens de cinco envolvidos, sendo três ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),e de três empresas

Por Da Redação
7 nov 2013, 22h28

Executivos da Alstom tiveram seus bens bloqueados no Brasil pela PF (Fernando Cavalcanti/VEJA)

A Justiça Federal decretou nesta quinta-feira o bloqueio de 60 milhões de reais em bens de cinco envolvidos no caso Alstom. Três deles são ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Três empresas também foram atingidas pela decisão. Segundo a PF, duas delas são suspeitas de terem sido utilizadas para a prática dos crimes.

O congelamento foi pedido pela Polícia Federal que investiga o esquema de cartel e pagamento de propinas pela multinacional francesa Alstom a ex-dirigentes de estatais das áreas de energia e transportes públicos nos governos do PSDB no Estado de São Paulo, entre 1995 e 2008.

O bloqueio é relativo a valores em contas bancárias, títulos de investimento e ações pertencentes a investigados por crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro relativos às licitações do metrô de São Paulo e da CPTM.

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O pedido da PF se baseia em documentos enviados ao Brasil pela Suíça, que tem cooperado com as investigações. Os papéis chegaram ao Brasil em fevereiro de 2011, mas nenhuma providência foi tomada pelo Ministério Público Federal, o que levou o procurador da República Rodrigo de Grandis, então responsável pelo caso, ser investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

Em setembro, a PF recebeu cópias da documentação enviada pelos procuradores da Suíça. A PF representou à Justiça Federal pelo bloqueio dos valores “com o objetivo de garanti o ressarcimento do Estado e da sociedade”.

(Com Estadão Conteúdo)