Jurada do caso Bruno é presa acusada de tráfico de drogas
Suspeita foi detida e liberada após prestar depoimento. Advogados do goleiro podem citar o episódio no habeas corpus, que está prestes a ser julgado
Por Pâmela Oliveira
18 abr 2013, 19h51
Uma jurada que participou do Conselho de Sentença que condenou o goleiro Bruno Fernandes a 22 anos e três meses de prisão foi detida sob a acusação de tráfico de drogas. De acordo com a pela Polícia Militar de Minas Gerais, uma equipe do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas recebeu uma ligação anônima apontando o endereço de um bar onde uma mulher estaria vendendo drogas.
Ao chegarem ao local, os agentes foram recebidos pela suspeita, que permitiu a entrada deles. Atrás de uma geladeira, foram encontrados seis frascos de cocaína e uma relação com nomes de devedores. A mulher foi presa sob a acusação de tráfico de drogas. Na delegacia, ela foi ouvida e liberada em seguida. O caso ocorreu no dia 5 de abril, mas foi divulgado somente nesta quinta-feira.
Os advogados de defesa do goleiro afirmam que vão citar a jurada no pedido de habeas corpus que está prestes a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O episódio também deve ser explorado pela defesa do ex-policial Marco Aparecido dos Santos, o Bola. Acusado de ser o executor de Eliza Samudio, ele começa a ser julgado nesta segunda-feira, no Fórum de Contagem.
Promotoria – Em nota, o promotor Henry Castro afirmou que “a Promotoria de Justiça da comarca de Contagem caracteriza a atitude da defesa como irresponsável por adiantar a culpa” da jurada. Ele ainda ressalta que ela não foi presa em flagrante e que “ainda que, em tese, ela estivesse cometendo o delito, durante a escolha dos jurados ela não tinha antecedente criminal”. E completa: “A jurada ainda passou pelo crivo de todas as partes, e todas aceitaram a moça para a função. A defesa afirma que o voto dela pode ter influenciado na condenação do goleiro Bruno, mas não há como saber qual foi seu voto”.
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