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Juan é sepultado, 18 dias depois de seu desaparecimento

Enterro foi antecipado, e aconteceu sob forte esquema de segurança. A mãe do menino, que está sob a guarda do Programa de Proteção à Testemunha, compareceu à cerimônia

Por Da Redação
7 jul 2011, 20h50

O corpo de Juan de Moraes, de 11 anos, morto durante uma operação policial na favela Danon, em Nova Iguaçu, foi enterrado na noite desta quinta-feira, 18 dias depois de seu desaparecimento. O sepultamento, inicialmente previsto para a manhã de sexta-feira, foi antecipado para evitar multidão. Estiveram presentes a mãe de Juan, Rosinéia Maria Moraes, o pai, Alexandre da Silva Neves, e cerca de vinte pessoas. A família foi acompanhada por escolta policial do Instituto Médico-Legal até o Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, que teve todas as entradas protegidas por um forte esquema de segurança. A mãe de Juan e seu irmão Weslley, que estava com ele no dia da operação e foi baleado, estão sob a guarda do Serviço de Proteção à Testeminha.

“Os fatos que envolvem a morte do menino Juan são intoleráveis sob todos os aspectos. Vejo que casos de crianças vítimas de ações de maus policiais se repetem. Passados 20 anos da chacina da Candelária ainda assistimos a crimes como esse. Eu espero que os responsáveis pelo crime sejam exemplarmente punidos”, declarou o subsecretário de Defesa dos Direitos Humanos e Territórios, Antônio Carlos Biscaia. Na quarta-feira, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, convocou a imprensa para informar que o corpo encontrado há uma semana no Rio Botas, em Belford Roxo, não era o de uma menina, como havia sido anunciado por uma perita do Posto Regional de Polícia Técnico Cientifica, mas de Juan.

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, falou pela primeira vez sobre o caso, e admitiu erros da polícia no procedimento do caso. Como costuma fazer, disse que os PMS, caso seja comprovada a participação deles na morte e ocultação do corpo de Juan, serão punidos exemplarmente. “Nosso compromisso é com a sociedade, e a maneira que nós temos de cada vez mais adquirir legitimidade e trabalhando com lisura, com coragem e com transparência. Mesmo que a gente erre, como a polícia errou, essas pessoas vão ser responsabilizadas por esse erro. E se porventura essas policiais tiverem qualquer tipo de participação nesse fato horrendo eles vão ser punidos exemplarmente”, afirmou Beltrame durante visita ao Complexo do Alemão.


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