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Janot diz que quadrilha do mensalão está demonstrada

Procurador-geral da República defendeu a manutenção da pena de quadrilha para cinco condenados pelo Supremo Tribunal Federal na ação do mensalão

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 fev 2014, 17h54

Na retomada do julgamento dos últimos recursos do mensalão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta quinta-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a condenação imposta a cinco mensaleiros pelo crime de formação de quadrilha. Ele sustentou que, ao contrário do que alegam as defesas dos condenados, a união de políticos, empresários e banqueiros não foi eventual, e sim “estável” e formada para a prática de crimes. “Não houve banalização do crime de formação de quadrilha. Pela prova colhida, está demonstrada essa associação estável inclusive para a prática de delitos”, disse.

Saiba como foi, passo a passo, a sessão do STF

Da tribuna, os advogados do trio petista José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares tentaram retomar a tese, amplamente alardeada pela militância do partido, de que a reunião dos condenados não foi criminosa – e, sim, fruto da criação do PT, em 1980. “Não houve jamais formação de quadrilha. Em 1980, houve a criação de um partido político, que, em 2002, construiu um projeto para esse país, projeto até hoje vencedor, apesar de tudo e todos que detrataram o governo, a partir de Roberto Jefferson, um mentiroso compulsivo quer engendrou a maior farsa da história política brasileira”, disse o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor de Genoino.

Em sua manifestação, o advogado também tentou esvaziar a tese da existência do mensalão justificando que, mesmo após o estouro do escândalo, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, conseguiram sair vitoriosos nas eleições. “O nosso povo quer ser comandado por quadrilheiros? Penso que não. Penso que o tribunal incorreu em grande equívoco [ao condenar os petistas por quadrilha]”, afirmou.

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Janot também pediu que o Supremo rejeite os embargos infringentes apresentados pelos ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello e José Roberto Salgado.

Os recursos do trio que formou o núcleo operacional do mensalão – Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach – serão analisados na próxima quarta-feira, quando o relator Luiz Fux e os demais ministros devem decidir se livram ou não os mensaleiros do crime de formação de quadrilha. Na quinta-feira pela manhã, está agendada uma sessão extraordinária para ouvir os advogados dos mensaleiros que recorrem das condenações de lavagem de dinheiro.

A demora na análise dos embargos infringentes levou o STF a adiar o julgamento dos planos econômicos, originalmente marcados para os dias 26 e 27.

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