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Invasores expulsos de terreno da Oi causam novo tumulto

Grupo que acampava em frente à prefeitura desde a desocupação, na última sexta-feira, foi cadastrado após confronto violento com guardas municipais

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
14 abr 2014, 20h11

Um grupo de invasores expulsos de um terreno da empresa de telefonia Oi, na última sexta-feira, voltou a causar tumulto nesta segunda-feira. O confronto violento, desta vez, foi com a Guarda Municipal, depois que cerca de 500 pessoas tentaram interromper o trânsito da Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do Centro da cidade. De um lado da pista, os manifestantes lançavam pedras portuguesas contra os agentes, que revidavam com bombas de efeito moral e gás de pimenta.

O guarda Rafael Porto de Paiva foi atingido com uma pedrada no pescoço, e pelo menos uma criança passou por atendimento médico no local, devido a reações às bombas de efeito moral. O gás que era lançado na pista subiu e chegou à passarela que dá acesso à estação de metrô Cidade Nova, de onde dezenas de crianças, a maior parte filhas dos manifestantes, se concentraram.

O tumulto ocorria em frente à prefeitura, onde os manifestantes ergueram um acampamento. O medo de que se repetissem as cenas de vandalismo registradas na última sexta fez com que vários restaurantes e bares próximos fechassem as portas. Horas depois, os estabelecimentos voltaram a funcionar, mas muitos mantiveram as portas gradeadas. “O restaurante está aberto, mas fechamos a fachada por precaução”, disse o segurança de um restaurante perto da prefeitura.

Homens do Batalhão Especial de Policiamento em Grandes Eventos e do Batalhão de Choque reforçaram a segurança do prédio da prefeitura, que ficou o tempo todo com a entrada principal fechada. De acordo com o delegado titular da 6ª DP (Cidade Nova), Antenor Lopes, um homem identificado como Rafael Rosa foi detido durante o confronto. Com ele, teriam sido apreendidas pedras e maconha.

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Cadastramento – No início da tarde, uma comissão formada por dez manifestantes foi recebida pelo subsecretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Abel, que propôs recolher os principais dados das famílias. “O cadastramento foi a condição que a prefeitura impôs para negociar. Sem isso, ela não pode oferecer nada, já que não sabe quem somos”, explicou uma das líderes do movimento, a dona de casa Maria José Silva, de 54 anos, moradora da favela da Manguinhos.

Após a reunião, os manifestantes aceitaram levantar acampamento, e foram transportados em vans e ônibus da prefeitura até um abrigo da prefeitura na Zona Norte da cidade, onde todos os dados foram registrados. Nesta terça, a comissão dos moradores terá um encontro com o vice-prefeito, Adilson Pires, e representantes das secretarias municipais de Habitação e Educação. “Vamos ouvir a proposta e, se não for do nosso agrado, retomaremos o acampamento”, afirmou Maria José.

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