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Hospital se nega a identificar suspeito de estupro na UTI

Direção do Pedro II afirma ter afastado funcionário, mas não entregou o nome dele ao delegado do caso e admitiu que a sindicância interna pouco avançou

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
30 out 2013, 19h12

Na manhã desta quarta-feira, o delegado titular da 36ª DP (Santa Cruz), Geraldo Assed, foi ao Hospital Municipal Pedro II em busca de informações sobre o suspeito de ter estuprado uma paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mas saiu de lá sem a identificação do funcionário acusado e com a informação de que pouco avançou o procedimento que a unidade de saúde diz ter aberto para apurar o crime – descoberto em maio pelo Ministério Público (MP).

“Conversei com diretores e com o presidente da sindicância instaurada para apurar a denúncia. Eles me informaram que a investigação interna não evoluiu, porque a vítima se recusou a testemunhar diante da comissão. Além disso, a UTI não tem monitoramento por câmeras, o que poderia facilitar a identificação do suspeito”, disse Assed, ao site de VEJA. Isso levanta dúvidas se o funcionário teria sido mesmo afastado, como havia informado a direção do hospital. A Biotech Humana Organização Social de Saúde, que administra o Pedro II, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.

A jovem de 21 anos, que se recuperava de uma série de cirurgias a que foi submetida após complicações em uma cesariana, prestou depoimento na terça-feira à Polícia Civil. O marido e a sogra dela também foram ouvidos. “Ela contou que estava na UTI, com muita dor, quando um enfermeiro se aproximou e acariciou suas partes íntimas por dez minutos. Ela disse que chegou a contar o que ocorreu a uma enfermeira, mas depois teve medo de fazer uma denúncia formal”, detalha o delegado.

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Vítima – O site de VEJA localizou a jovem de 21 anos nesta quarta-feira. Ela preferiu não dar entrevista, e contou somente que foi internada no Pedro II no dia 10 de abril para ter seu segundo filho. “Não quero dar detalhes sobre isso. Faz pouco tempo e ainda mexe muito comigo”, declarou. Durante a cesariana, a paciente teve complicações que levaram à retirada do útero, das trompas e dos ovários.

O que a paciente tinha de referência do suspeito era apenas o primeiro nome – que não divulgado. Com o hospital, ele conseguiu fotos de dois funcionários. Agora, ela deve ser chamada mais uma vez à DP para fazer o reconhecimento. Isso deve ocorrer até sexta-feira, adianta Assed. “Vou apresentar as duas imagens. A partir da identificação, o suspeito será convocado para prestar esclarecimentos.”

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