Homem é morto na Rocinha durante tiroteio
Segundo a PM, a vítima era um criminoso que portava um revólver calibre 38
Um homem morreu durante tiroteio com policiais do batalhao de Choque, na favela da Rocinha, na zona sul carioca. Segundo a PM, os militares patrulhavam o local conhecido como Beco 99 quando abordaram um grupo em atitude suspeita. Os homens fugiram enquanto um dos bandidos atirou contra os policiais. No tiroteio, o atirador do grupo, que portava um revólver calibre 38, foi alvejado no tórax. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiu ao ferimento.
No dia 4 deste mês, o cabo Rodrigo Alves Cavalcante, de 33 anos, lotado no Batalhão de Choque, foi morto em confronto com um bandido no mesmo local da troca de tiros ocorrida nesta terça. Com a morte desta terça, chega a 12 o número de mortos na favela em pouco mais de dois meses. No dia em que Cavalcante foi morto, o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou ter havido problemas em todas as favelas ocupadas pela polícia– e, no caso do Complexo do Alemão, pelo Exército. “Em todas as áreas que entramos tivemos problemas. Nenhuma foi fácil”, disse o secretário.
Além da onda de assassinatos, a polícia investiga a denúncia, revelada por VEJA, de que policiais que atuam na ocupação da Rocinha estariam sendo coniventes com os bandidos em troca de uma caixinha, um “mensalinho”. O valor mensal seria de 80.000 reais, com uma “entrada” de 200.000 reais para começar a negociação.
Como resposta, a PM aumentou o seu efetivo na Rocinha desde o dia 6 de abril. Um grupo de 643 policiais patrulha a favela, em turnos de 150 homens. O contingente era de 350 policiais. A Rocinha foi ocupada pelas forças de segurança do estado do Rio em novembro do ano passado, em uma operação que envolveu três mil homens.
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