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Haddad diz que ‘São Paulo é o berço de manifestações’

Enquanto a tensão entre manifestantes e policiais militares esquentava nas ruas, o prefeito dizia de seu gabinete que a cidade só não aceita violência

Por Da Redação
13 jun 2013, 22h08

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito Fernando Haddad tiveram comportamentos distintos sobre a manifestação desta quinta-feira contra o aumento das tarifas do transporte público de 3 reais para 3,20 reais. Enquanto o governador falou no início da tarde que a decisão do reajuste está tomada e não há possibilidade de voltar atrás – conforme sugestão do Ministério Público Estadual (MPE), para evitar novos protestos -, o prefeito permaneceu em silêncio durante todo o dia. Permitiu, apenas, que sua assessoria publicasse uma nota dizendo que não iria “dialogar com uma situação de violência”.

Estranhamente, porém, Haddad resolveu falar – de seu gabiente – no momento mais tenso da manifestação: quando o grupo se deslocava do centro da cidade em direção a Avenida Paulista. Primeiro, o prefeito falou obviedades: “Não pretendo rever o preço do transporte público porque o esforço feito ao longo do ano foi enorme para que o reajuste da tarifa fosse muito abaixo da inflação.”

Em seguida, porém, Haddad mostrou o objetivo de atrair atenção enquanto o pavio de manifestantes e policiais militares estava próximo de estourar e parar novamente a cidade. O prefeito quis capitalizar politicamente e jogar a bomba da violência no colo do governo do Estado – responsável pela polícia militar. “São Paulo é o berço das manifestações. O que São Paulo não aceita é a violência. De qualquer parte”, disse o prefeito, tentando fazer uma infeliz comparação com as manifestações dos anos 1970 e 80. No estilo “lavo minhas mãos”, ele não quis alongar quando questionado sobre a participação da Juventude do PT no movimento. “A pessoa é livre para expressar sua opinião. Uma coisa é a opinião individual, outra coisa é a posição partidária”, afirmou Haddad.

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Rio de Janeiro – A manifestação no Rio paralisou o centro da cidade. O governador Sérgio Cabral analisou o ato como de caráter político, que está muito distante de ser uma atitude popular espontânea. “São jovens que não estavam ali para defender interesses públicos, mas sim para gerar um clima de confusão e de baderna. A população sabe perceber isso”, disse o governador.

Mas Cabral também empurrou o problema para frente: “É um problema da segurança, não meu. Mas que aja de tal forma que não ocorra um conflito físico. Já fui estudante, já participei de grêmio, já fui do partido comunista. Mas acho que a gente tem que ter responsabilidade e respeito à população “.

Governo federal – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lamentou que a legitimidade de uma manifestação extrapole para o vandalismo em todas as cidades. Mas, como de praxe no Palácio do Planalto, São Paulo parece preocupar mais que o Rio de Janeiro – governador por um aliado político. “O governo federal está à disposição do estado de São Paulo, de qualquer outro Estado em que isso aconteça, para apoiá-lo naquilo que for solicitado”, afirmou. “Pedi para a Polícia Federal acompanhar os acontecimentos, eventuais crimes, atos ilícitos que ocorram. Em princípio, são da ordem da polícia estadual apurar e investigar.”

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