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Grevistas vão responder na Justiça por impedir trabalho de garis

Três homens foram detidos por atentado contra liberdade do trabalho. Garis afirmam ter sido ameaçados por companheiros de profissão, diz delegada

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
5 mar 2014, 20h46

Depois de um grupo de grevistas impedir que garis voltassem ao trabalho no Rio de Janeiro, após cinco dias sem coleta de lixo na cidade, três agitadores dos protestos vão responder criminalmente por atentado contra a liberdade do trabalho. Eles foram indiciados na 12ª DP (Copacabana) na tarde desta quarta-feira, 5 de março, acusados de ameaçar funcionários da Comlurb que voltaram a trabalhar e ignoraram a greve promovida por um grupo de dissidentes. Segundo as vítimas, Anderson Miguel Cardoso, Paulo da Silva e Fabiano Fernandes impediram que garis trabalhassem na Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio.

À polícia, os suspeitos negaram que tenham feito ameaças. “Informalmente, eles disseram que estavam lá só conversando com colegas e solicitando que parassem de trabalhar para que conseguissem melhoria salarial”, informou a delegada Izabela Santoni. Como é um crime de menor potencial ofensivo, eles vão responder em liberdade ao processo que correrá no Juizado Criminal do Leblon. A pena prevista é de um mês a um ano de detenção, além da aplicação de multa.

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As vítimas alegaram que chegaram a ser ameaçadas de morte pelos grevistas, que negaram em depoimento ter agido dessa maneira. Não foi encontrada nenhuma arma com os detidos. A delegada Izabela também vai investigar se grevistas atuaram em formação de quadrilha para praticar danos a equipamentos da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). Trabalhadores da empresa estão em greve desde a noite de sexta-feira, 28 de fevereiro.

Escolta armada – O prefeito Eduardo Paes afirmou, durante coletiva de imprensa, que a Comlurb contratará uma empresa de escolta armada para garantir que os caminhões da empresa possam recolher o lixo das ruas da cidade. Segundo Paes, o objetivo é evitar a ação de grevistas que estariam ameaçando garis que não aderiram à paralisação.

No início da noite, o prefeito esteve reunido com o defensor Público Geral do Estado do Rio, Nilson Bruno Filho, e afirmou que os grevistas que voltarem ao trabalho nesta quinta-feira terão o processo de demissão suspenso. Antes de se reunir com Paes, Filho passou a tarde em reunião com uma comissão de grevistas na sede da Comlurb.

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A Justiça de Trabalho declarou a paralisação ilegal e a prefeitura do Rio respondeu aos protestos da categoria com um aumento salarial de 9%, entre outras medidas. Como, ainda assim, um grupo de dissidentes manteve a greve, a Comlurb demitiu na terça-feira cerca de 300 funcionários que continuaram sem trabalhar. Nesta quarta-feira, os dissidentes voltaram a protestar e, segundo a prefeitura, impediram que garis trabalhassem em diversos pontos da cidade. Com a coleta de lixo sem funcionar, a cidade ficou abarrotada de lixo pelas ruas e resíduos se acumularam nas calçadas ao ponto de dificultar a passagem de pedestres em algumas áreas.

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