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Greve já deixa um em cada três postos da capital sem gasolina

Levantamento em 61 postos realizado pelo Sincopetro aponta que 22 estão sem o combustível e 28 têm pouca gasolina armazenada. A Polícia Militar de São Paulo divulgará nesta terça-feira um plano operacional para evitar o desabastecimento provocado pela greve de caminhoneiros

Por Paula Reverbel
6 mar 2012, 14h35

A Polícia Militar de São Paulo divulgará nesta terça-feira um plano operacional para evitar o desabastecimento da capital paulista por conta da paralisação de caminhoneiros contra as restrições de horário para circular pela Marginal Tietê. A categoria entrou em greve nesta segunda-feira e alguns postos da cidade já começam a sentir a falta de abastecimento.

Segundo Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindcam), o número de caminhões parados representa entre 80% e 90% dos veículos que carregam combustíveis na capital. Mais de 800 veículos de transporte de carga líquida não estão rodando nesta terça-feira em função da paralisação.

No início desta tarde, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivativos de Petróleo de São Paulo (Sincopetro) divulgou um levantamento feito em 61 postos. A gasolina acabou em 22 deles e está a ponto de terminar em outros 28. O Etanol acabou em 11 postos e está perto do fim em outros 38. O Diesel já acabou em 13 postos e está acabando em outros 35. Quase a totalidade dos postos da capital é abastecida por caminhoneiros autônomos.

“Queremos que o poder público entenda a nossa necessidade”, afirma Silva. “Se os caminhões não puderem circular pela Marginal Tietê antes das 9h e depois das 17h, só teremos 8 horas para entrar na cidade, fazer uma carga ou uma descarga e sair da cidade. Isso inviabiliza o nosso trabalho. Gasta-se cinco horas apenas para fazer uma carga ou descarga”. Para alterar isso, o Sindcam propõe suspender a restrição de horários no período da manhã – caminhões estão proibidos de circular na Marginal Tietê das 5 às 9h – e manter a restrição do período da tarde, que vigora das 17 às 22h.

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Segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMT), foram realizadas uma série de reuniões com representantes das indústrias, sindicatos ligados aos trabalhadores do transporte de cargas, empresas de transporte de cargas e caminhoneiros autônomos antes do início das restrições. O novo horário de circulação teria sido decidido em conjunto, segundo a SMT. “O período de oito horas representa uma jornada de trabalho do caminhoneiro e, com isso, ele poderá fazer a entrega dos produtos pela cidade durante o dia e retornar ao seu destino”, afirmou a SMT em nota. “Vale lembrar que a implantação dessa restrição faz parte de um conjunto de medidas que a atual Administração tem realizado com o intuito de reduzir as ocorrências envolvendo caminhões e que geram interferências no sistema viário principal nos horários mais críticos”.

Silva confirma as conversas, mas alega que as reivindicações dos caminhoneiros não foram contempladas. Ele também negou que tenha sido chamado para um café da manhã com o prefeito Gilberto Kassab para negociar o fim da paralisação, marcado para a manhã desta quarta-feira. “Ainda estou aguardando o retorno deles”, disse. O Sindcam está mantendo o fornecimento diário para bombeiros, polícia, SAMU, aeroportos e caminhões de lixo.

O presidente do Sindicam também informou que a paralisação está se alastrando por outros segmentos e que alguns caminhões de hipermercado e materiais de construção pararam de circular. “O número de pessoas desses segmentos que aderiram é pequeno”, explicou. “Estou mais empenhado em conversar com a prefeitura que em conseguir mais adesão”.

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