Greve de ônibus no Rio deixa mais de 2 milhões a pé
Paralisação ganha adesão de rodoviários da Baixada Fluminense e do Sul do estado. Já são 20 municípios com funcionários de braços cruzados
Subiu de cinco para 20 o número de municípios afetados pela greve de funcionários de empresas de ônibus no estado do Rio de Janeiro. A paralisação, que estava limitada à região metropolitana, ganhou a adesão do sindicato que representa rodoviários de 15 municípios, a maioria deles da Baixada Fluminense. A estimativa é de que pelo menos 2,3 milhões de pessoas sejam prejudicadas. A categoria reivindica um aumento de 16% sobre o salário e 40% sobre a cesta básica. A proposta das empresas é de reajuste de 10% no salário e de 25% na cesta básica.
Só na Baixada Fluminense, 1 milhão de pessoas está a pé nesta sexta-feira, em oito municípios: Nova Iguaçu, Nilópolis, São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita, Paracambi, Seropédica e Itaguaí. Também há paralisação outros sete municípios do interior: Miguel Pereira, Mendes, Rio das Flores, Mangaratiba, Engenheiro Paulo de Frontin, Paty dos Alferes e Vassouras.
Por determinação judicial, as empresas de ônibus são obrigadas a manter 70% da frota em atividade na hora do rush e 40% nos outros horários. Com a falta de ônibus, a região metropolitana voltou a ter um dia de congestionamentos. Nesta sexta-feira, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha já apresentaram pontos de congestionamento desde as 6h, no sentindo Centro. No Viaduto do Gasômetro, também houve lentidão.
Negociação – Nesta sexta-feira, a partir das 13h, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) realiza audiência de conciliação entre rodoviários e empresas de ônibus de Niterói e municípios vizinhos. Um possível acordo exercia influência em todo o movimento grevista no estado.