Governo promete combater ‘sem trégua’ reações do tráfico
Secretaria de Segurança divulgou nota em que lamenta a morte de PM em UPP
A Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) do Rio de Janeiro divulgou nota, nesta terça-feira, a respeito da morte de uma policial militar por traficantes na noite de segunda, na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela de Nova Brasília, que fica no Complexo do Alemão. Além de lamentar a morte da soldado Fabiana Aparecida dos Santos, o órgão garantiu que o processo de pacificação seguirá seu curso e prometeu combater “sem trégua” quaisquer ações de resistência dos criminosos.
O ataque de segunda foi o mais grave já registrado a uma UPP em quatro anos do programa no Rio de Janeiro. Um grupo de bandidos disparou contra um container da unidade, atingindo a policial com um disparo de fuzil. O projétil, segundo a PM, teria atravessado o colete à prova de balas da policial.
A investida dos criminosos motivou uma reação da PM, que deslocou para o local homens do Batalhão de Operações Especiais, do 16º BPM (Olaria) e do Batalhão de Choque. Policiais de várias unidades da PM foram posicionados na favela e na Avenida Itararé, local de onde, em dezembro de 2010, partiram os blindados das Forças Armadas que ocuparam o conjunto de favelas.
Fabiana chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na região, mas ela não resistiu aos ferimentos. A policial estava há pouco mais de um ano na PM e fazia parte do grupo de policiais recém-formados que substituiu homens do Exército na missão de patrulhar o Alemão. A saída definitiva do Exército ocorreu este mês, com a missão de “pacificação” dada como encerrada pelas Forças Armadas.
Segundo a nota da Secretaria de Segurança do Rio, o processo de pacificação seguirá até que o território das favelas seja completamente devolvido aos moradores da região. “Todas as ações de resistência de criminosos, que durante décadas impuseram um domínio de terror sobre essas e outras comunidades, serão combatidas sem trégua, o tempo que for necessário e com todos os recursos disponíveis, até que seus moradores tenham restabelecidos seus direitos básicos de cidadania e de segurança pública”, diz o texto.