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Governo manda ‘tropa’ de ministros à Câmara. E PT decide apoiar ajuste

Bancada anunciou que votará pela medida que endurece regras trabalhistas, mas não disfarça o descontentamento com o texto do governo

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 Maio 2015, 19h14

Depois de enviar quatro ministros ao Congresso Nacional, o governo conseguiu convencer a bancada do PT na Câmara a anunciar apoio ao projeto que torna mais rígidas as regras para concessão de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego e abono salarial. Ainda assim, internamente, a bancada está desconfortável em capitanear a aprovação da medida provisória que contraria os principais movimentos trabalhistas, como a Central Única dos Trabalhadores, braço sindical da legenda.

Nesta terça-feira, quatro ministros foram escalados para negociar com os deputados petistas: Carlos Gabas (Previdência), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), Pepe Vargas (Direitos Humanos) e Ricardo Berzoini (Comunicações). Aos petistas, eles afirmaram que o ajuste é necessário para reequilibrar as contas públicas e que o governo já cedeu ao aceitar mudanças na proposta inicial. Entre os que dizem que vão votar a favor da matéria, prevaleceu o discurso de que vale o “sacrifício” para apoiar a presidente Dilma Rousseff em um momento de crise.

Mas o apoio à presidente provoca temor de questionamentos aos parlamentares em suas bases eleitorais. No Congresso, já é grande a pressão pela modificação da proposta. Nesta terça, o presidente da CUT participou da reunião da bancada e expressou contrariedade. “A posição da CUT é contrária a isso e está expressa em uma nota da central. A bancada do PT é uma bancada popular, tem muitos sindicalistas, sua origem, sua base eleitoral nos trabalhadores”, disse Vagner Freitas. “Espero que a bancada, como sempre, vote com os trabalhadores”, continuou.

Apesar de anunciar o apoio da bancada, as lideranças do partido não anunciaram uma posição fechada. “Não precisa fechar questão porque foi votação unânime. Todo mundo levantou o braço”, disse o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE). Do lado de fora do plenário, no entanto, foi possível perceber algumas resistências em mostrar apoio ao texto.

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“É um direito de cada parlamentar, de cada pessoa [discordar]. O PT nasceu da polêmica, da discussão interna. Tiveram alguns que queriam mais tempo para conversar. Poucas pessoas não levantaram a mão. Temos mais umas duas horas de convencimento”, disse o líder do PT, Sibá Machado (AC), que acrescentou que “ninguém é obrigado a nada”. O líder petista negou que haverá punições àqueles que não seguirem a orientação da legenda.

Antes do anúncio do posicionamento petista, a bancada havia se reunido por duas horas, mas não encontrou um consenso e convocou uma nova reunião. Os petistas, após o primeiro encontro, falavam em “divergências profundas”. “A base social do partido é naturalmente de pessoas pobres e esse é o nosso compromisso. Então o questionamento foi se nós estamos ou não rompendo esse compromisso”, disse o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

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