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Governo do Rio alerta para risco de epidemia de dengue no estado

Entrada do tipo 4 da doença no Rio e as fortes chuvas aumentaram o risco. Estado investe em tecnologia contra o mosquito

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
15 jan 2013, 12h34

Todos os municípios do Rio, com exceção da capital, correm risco de ter epidemia de dengue nos próximos meses. De acordo com o superintendente estadual de Vigilância Ambiental e Epidemiológica, Alexandre Chieppe, a presença do vírus 4 da dengue no estado, que entrou no Rio em 2012, e a falta de imunidade da população contra o vírus aumentam o risco.

“O risco é alto principalmente na Baixada Fluminense, São Gonçalo, Niterói e os municípios do interior, como Santo Antônio de Pádua Aperibé”, disse Chieppe nesta terça-feira, no Palácio Guanabara.

O médico explicou que, apesar do estado ter notificado 26 casos suspeitos da doença nas primeiras semanas do ano – número considerado baixo -, isso não descarta a possibilidade de epidemi. O número de casos geralmente começa a aumentar em fevereiro, observou. Segundo Chieppe, o pico de transmissão da dengue ocorre em março e abril. As mudanças de gestão nas prefeituras, principalmente naquelas em que não houve um processo de transição, é outro desafio.

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“Alguns municípios não fizeram o plano de contingência da dengue para os sucessores. Estamos vendo prefeituras empenhadas, mas que recebem a cidade com índice de infestação alto”, disse o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.

A maior preocupação, disse Côrtes, é com a Baixada Fluminense, principalmente Nova Iguaçu. A cidade, que acumulou toneladas de lixo nas ruas em dezembro e nas primeiras semanas de janeiro, foi a mais afetada pelas fortes chuvas do início do ano. “Com as chuvas, os ovos do mosquito transmissor da dengue foram espalhados pela cidade”, alertou Côrtes.

A cidade reúne ainda dois agravantes: uma população que não teve contato com o tipo 4 da doença e que, portanto, não tem imunidade. E, ao mesmo tempo, já teve outros tipos da doença – 1, 2 e 3 -, ficando mais vulnerável às formas graves da doença.

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Nesta terça-feira, o governador Sérgio Cabral lançou, no Palácio Guanabara, o projeto Monitora Dengue. Agentes de saúde usarão smartphones para vistoriar as residências em busca de focos do Aedes aegypti. O objetivo é o mapeamento dos imóveis em tempo real, o que possibilitará maior velocidade nas ações de combate ao mosquito. Além disso, será possível monitorar o trabalho de cada agente com o auxílio de GPS. Segundo o governo do estado, a previsão é que 10 mil aparelhos sejam entregues aos municípios que aderirem ao projeto.

Outra medida anunciada nesta terça-feira é a introdução de um programa de computador que auxiliará a triagem e o atendimento do paciente com suspeita de dengue nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). O prontuário eletrônico, onde o médico marcará dados como sintomas e doenças pré-existentes, ajudará na classificação de risco. Os pacientes com a suspeita de dengue que não necessitarem de internação imediata receberão mensagens por celular com informações sobre sinais de agravamento da doença.

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