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Governo do Amapá superfaturou até leite de merenda

Por Gabriel Castro
15 set 2010, 16h58

Dentre as inúmeras suspeitas investigadas pela Operação Mãos Limpas, que apura desvios de recursos no governo do Amapá, uma chama a atenção: o superfaturamento da merenda escolar. As irregularidades teriam se iniciado durante o governo de Waldez Góes (PDT), que deixou o cargo em abril para se candidatar ao Senado e foi substituído pelo vice, Pedro Paulo Dias (PP). Ambos estão presos.

Em duas compras de leite em pó, feitas em 2006, o sobrepreço chega a mais de 600%. A unidade da marca Camponesa, que hoje, depois de quatro anos de inflação, pode ser encontrado por pouco mais de 2 reais, foi comprado a 14 reais. Os dados estão no sistema de acompanhamento dos gastos do governo.

Nas duas transações, foram adquiridas ao todo 17 mil unidades do produto. Uma despesa de 238 mil reais. Se o preço correto fosse pago, a conta ficaria abaixo dos 40 mil reais. Ou seja: cerca de 200 mil reais de diferença. Os produtos foram adquiridos no Armazém do Rocha, que fica em Macapá.

Os problemas com a merenda não terminaram no estado: recentemente, as escolas da rede estadual tiveram o horário reduzido porque não havia alimento para ser entregue aos alunos.

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As investigações apontam que a Secretaria de Educação era o principal foco de desvios no governo. Segundo a Polícia Federal, as irregularidades se repetiam, por exemplo, com a contratação, sem licitação, das empresas de vigilância Serpol e Amapá Vip, que comprometia mais de 2 milhões de reais por mês aos cofres públicos, e com a compra de filtros d’água, cuja manutenção custava 70 mil reais.

O ex-secretário de educação Adauto Bitencourt é uma das seis pessoas que permanecem presas em Brasília, junto com o governador afastado, Pedro Paulo Dias, o ex-governador Waldez Góes, o presidente do Tribunal de Contas do Amapá, José Júlio Miranda, o secretário de segurança, Aldo Ferreira e o empresário Alexandre Gomes de Albuquerque.

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