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Governo cria força-tarefa para investigar elo de policiais com PCC

Corregedores das polícias Civil e Militar investigarão escutas que mostram policiais oferecendo informações sigilosas a traficantes

Por Da Redação
14 out 2013, 13h26

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que a Secretaria da Segurança Pública criou uma equipe especial de corregedores para apurar os indícios de colaboração de policiais corruptos com criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC). As corregedorias das polícias Civil e Militar participarão do grupo de investigação interna.

“Se for comprovada a participação de qualquer servidor público, ele será severamente punido”, disse o governador.

Grampos do Ministério Público Estadual (MPE) flagraram a banda podre da polícia em contato com traficantes presos. As escutas mostram um cotidiano de achaques feitos por policiais civis e militares contra bandidos importantes da facção, que são sequestrados e mantidos em cárcere em delegacias. Até parte do material apreendido na megainvestigação era posta à venda aos criminosos. Ao todo, 175 integrantes do PCC foram denunciados à Justiça pelo MPE.

O governo paulista espera receber nesta terça-feira, depois de ter autorização da Justiça, a íntegra do material produzido nas investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O acesso aos autos foi solicitado nesta segunda-feira. O Palácio dos Bandeirantes disse que tinha conhecimento da investigação do Gaeco, mas argumentou que o conteúdo não foi oficialmente compartilhado.

As corregedorias das policias Civil e Militar começaram a investigar os policiais que aparecem nas escutas. Segundo o governo, “eles serão demitidos e indiciados criminalmente” caso fique comprovado o envolvimento com criminosos.

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Alckmin reuniu-se nesta segunda com a cúpula da Segurança Pública: o secretário Fernando Grella Vieira, o delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Blazeck, o comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Meira, e o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes.

“O PCC é uma realidade, tem que ser enfrentado e é o que estamos fazendo. Trabalhando fortemente na área de inteligência, colhendo informações em uma atuação integrada para garantir a normalidade”, disse Grella em nota divulgada após a reunião da cúpula.

O governador também disse que o governo já possui uma força-tarefa 24 horas para garantir a segurança da população. Alckmin reafirmou que não fará nenhuma alteração em sua segurança pessoal por causa das ameaças contra ele: “Nós já temos uma segurança mínima, que é o suficiente. Não vai ter nenhuma alteração”, afirmou.

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Bloqueio – O governador disse que pretende acelerar a licitação de empresas para instalar bloqueadores de sinal de telefone celular nos presídios. Segundo o Bandeirantes, testes foram realizados na capital paulista nos bairros do Belém, Zona Leste, e Pinheiros, Zona Oeste, além de Guarulhos, na Grande São Paulo. “Já está aberto o pregão para bloqueadores de celular em 23 penitenciárias. Esperamos concluir o processo licitatório agora em novembro e em dezembro começar as instalações”, disse.

Segundo Alckmin, o governo nunca teve ajuda das operadoras de telefonia para conseguir bloquear os sinais e enfrentava problemas tecnológicos para isolar as cadeias. “Nunca se teve tecnologia, ou não conseguíamos bloquear ou bloqueávamos [o sinal de] um bairro inteiro. Mas já fizemos novos testes no primeiro semestre, com o acompanhamento da Anatel, e eles foram positivos.”

(Atualizada às 15h30)

(Com Estadão Conteúdo)

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