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Governo busca novo nome para assumir diretoria-geral da PF em até trinta dias

Atual diretor-geral, Leandro Daiello, se desgastou com o governo após a interceptação telefônica do ex-presidente Lula, diz jornal

Por Da Redação
21 mar 2016, 11h20

O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, está buscando um novo nome para assumir a diretoria-geral da Polícia Federal em trinta dias, informou a edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo. A avaliação é de que o atual diretor, Leandro Daiello, perdeu de vez a confiança do governo depois do episódio da gravação telefônica entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff. O grampo telefônico foi autorizado pelo juiz federal Sergio Moro, responsável também pela divulgação do áudio.

O diretor-geral da Polícia Federal deve ser do quadro de delegados da instituição no mais alto nível da carreira, chamado de “classe especial”. Aragão precisa identificar, entre esses delegados, alguém capaz de aceitar a missão em meio ao desgaste político que uma troca do comando vai causar. De acordo com a Folha, o novo ministro da Justiça vai indicar o substituto de Daiello para Dilma, mas cabe à presidente nomear de fato o comandante da PF.

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O governo está ciente das críticas que sofrerá se confirmar a mudança de comando na polícia, mas, ainda de acordo com o jornal, a troca é fundamental para que o governo tenha alguém de confiança no controle da PF, diante do impeachment de Dilma ser aprovado no Congresso.

O prazo de trinta dias serve também para que Leandro Daiello consiga achar uma nova posição dentro da PF, mas o calendário de um mês pode ser encurtado se o Ministério da Justiça encontrar um novo nome antes ou se o atual diretor-geral pedir para deixar o cargo a curto prazo. A expectativa era de que Daiello saísse depois que José Eduardo Cardozo foi realocado para a Advocacia-Geral da União, o que não ocorreu.

Em entrevista à Folha, na última sexta-feira, Eugênio Aragão, afirmou que trocará a equipe inteira de uma investigação em caso de vazamento ilegal de informações. “Cheirou vazamento de investigação por uma agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal (PF) está sob nossa supervisão”, disse Aragão. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) reagiu: “Isso demonstra duas coisas: vulnerabilidade da PF que não tem sua autonomia garantida na Constituição e na lei e outra que aparenta a pressa em acabar com a maior investigação de combate ao crime organizado da história do Brasil”, criticou Carlos Miguel Sobral, presidente da ADPF.

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Competências – O diretor-geral da Polícia Federal, segundo regimento interno, “promove a execução das atividades, ações e operações” da instituição, ao mesmo tempo em que deve também “promover a execução das diretrizes de segurança pública estabelecidas pelo ministro”. A relação entre o diretor-geral e o ministro da Justiça é de subordinação, mas com autonomia de atuação por parte do comandante da PF. Conforme determina a Constituição brasileira, o ministro da Justiça determina a previsão orçamentária e as diretrizes da polícia.

Resposta – O Ministério da Justiça divulgou nota na manhã desta segunda-feira para rebater as informações da Folha e garantir a permanência de Leandro Daiello no cargo. “O Ministério da Justiça informa que o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, continua gozando de plena confiança por parte do ministro da Justiça e não há nenhuma decisão sobre a sua substituição”, informou.

(Da redação)

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