Cinco dias depois de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ser afastado da presidência da Câmara, a cúpula da Casa continua sem definir quais serão os direitos que o peemedebista terá enquanto estiver impedido de exercer as prerrogativas do mandato – e, em meio à indefinição, ele segue acomodado na luxuosa residência oficial. Por uma ironia do destino, os benefícios do peemedebista apenas serão definidos após a situação da presidente Dilma Rousseff ser resolvida: a diretoria da Câmara aguarda a definição do rumo da petista enquanto estiver afastada da presidência da República, o que deve ser confirmado nesta quarta-feira, para traçar um paralelo sobre a situação de Cunha. Entre as principais questões estão se ele pode continuar morando na casa específica para presidentes da Câmara e se tem direito a continuar viajando em voos da Força Aérea Brasileira (FAB). A remuneração também segue indefinida. De antemão, é dado como certo que Eduardo Cunha terá seu gabinete fechado, com a demissão de todos os funcionários, e será vetado o uso da cota parlamentar enquanto ele permanecer afastado. O Supremo Tribunal Federal (STF) não determinou o período da suspensão. (Marcela Mattos, de Brasília)