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Funcionários da CPTM decidem ampliar greve

Paralisação prejudica 2,4 milhões que dependem diariamente dos trens

Por Fernanda Nascimento
1 jun 2011, 19h10

“Pedimos desculpas e a compreensão da população”, Eluiz Alves de Matos, sindicalista

Reunidos em assembleia na noite de quarta-feira, os ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram ampliar a greve deflagrada pela manhã. A partir de zero hora de quinta, todo o sistema será paralisado, algo inédito nos últimos doze anos. A CPTM transporta 2,4 milhões de passageiros por dia. Por orientação do sindicato, os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa feita anteriormente. Nesta quarta, a companhia não apresentou um novo pacote para convencer os grevistas a retornarem ao trabalho. Os trabalhadores querem 13,71% de reajuste, mas a CPTM oferece apenas 3,07%. Já estavam em greve os trabalhadores das linhas 8 (Júlio Prestes-Amador Bueno), 9 (Osasco- Grajaú), 11 (Luz-Estudantes) e 12 (Brás-Calmon Viana). Aderem a paralisação agora funcionários das linhas 7 (Luz-Jundiaí) e 10 (Luz-Rio Grande da Serra). Os sindicalistas colarão cartazes amarelos nas estações de trem com avisos sobre a greve. “Pedimos desculpas e a compreensão da população mas o governo trata os ferroviários como uma subcategoria”, tentou justificar Eluiz Alves de Matos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de são Paulo. A categoria se reúne na quinta às 18 horas para discutir os rumos do movimento. A CPTM não tem previsão de nova reunião com os trabalhadores. A paralisação acontece mesmo com a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de que os funcionários teriam de garantir 90% da operação em horário de pico e 70% nos demais horários. O sindicato optou por arcar com a multa diária de 100 mil reais. Para Matos, a ordem da justiça fere o direito de greve da categoria. Segurança – Nesta quarta o sistema operou parcialmente, de acordo com um plano de contingenciamento da empresa. O vice-presidente do sindicato, Augusto Alves Barroso Filho, acusou a companhia de colocar pessoas sem habilitação para pilotar os trens. “Quem está pilotando são técnicos da manutenção e supervisores que fizeram curso de três meses”, disse Barroso. Procurada pela reportagem, a CPTM negou a denúncia. Segundo a empresa, os trens estão sendo pilotados por maquinistas habilitados que não aderiram a greve. Os únicos funcionários realocados foram aqueles da área administrativa, que reforçam a equipe das bilheterias. Metrô – Nesta quinta-feira, às 18h30, os trabalhadores do Metrô de São Paulo realizam assembleia para definir se a categoria também entra em greve. Eles se reuniram pela última vez na terça-feira e decidiram tentar por mais dois dias negociar com a companhia.

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