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Frota de veículos individuais cresceu mais que quantidade de ônibus

Por Adriana Caitano
24 jan 2011, 15h31

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta segunda-feira indica que a frota de veículos no Brasil cresceu 114% nos últimos 10 anos – agora já são 63.725 milhões em todo o país. O estudo destaca, porém, que, diante dos problemas encontrados no transporte público, os brasileiros têm optado por investir em seu próprio veículo, no lugar de esperar investimentos do governo. Assim, baseado em números do Sistema de Registro Nacional de Veículos, a quantidade de motos cresceu 284,4% e de carros, 83,5%, enquanto a frota de ônibus aumentou 70,6% entre 2000 e 2010.

O aumento da demanda por carros e motos, considera o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, pode ser positivo por alimentar a indústria automobilística. “No entanto, esse avanço desacompanhado de investimentos em linhas de transporte urbano implica em adicional de custo para as famílias, maior tempo de deslocamento e perda de produtividade e eficiência para o país”, lembra. “Nos países desenvolvidos, o principal meio de deslocamento é o transporte coletivo, isso pressupõe investimentos, recursos em infraestrutura de grande magnitude. Sem esse esforço, vamos ter cidades com mais carros e congestionamentos maiores”.

Custos – Além de causar transtornos, o transporte é também responsável por boa parte do rombo financeiro das famílias brasileiras. Com base nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, o Ipea indica que, entre 2003 e 2009, os brasileiros reduziram em 0,35% os gastos com alimentação, enquanto a despesa com transporte cresceu 11,5%.

Os custos com transporte público, combustível e compra de um veículo, portanto, tornaram-se a segunda maior fatia do consumo médio mensal das famílias brasileiras. Dos custos totais do mês, 37% vão para habitação, 20% para alimentação e outros 20% para transportes no geral. “Ações que possam reduzir o peso do custo do transporte representariam um ganho de renda para as famílias, especialmente para as mais pobres, maiores usuárias desse meio, e, portanto, um adicional no enfrentamento à pobreza e à desigualdade social no país”, destaca o presidente do Ipea.

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