‘Foi a vida que ele escolheu’, diz mãe de menor detido após crime na USP

Mulher foi a delegacia buscar informações sobre o filho. Ela contou que o adolescente já chegou a cumprir medidas socioeducativas na Fundação Casa

Por Da Redação
2 set 2015, 10h02

Aluno foi baleado após tentativa de assalto na Universidade de São Paulo (USP). Mãe de um dos menores suspeitos de cometer o crime desabafa "Não sei mais o que fazer" — Aluno foi baleado após tentativa de assalto na Universidade de São Paulo (USP). Mãe de um dos menores suspeitos de cometer o crime desabafa (Divulgação/USP Imagens/VEJA)

A mãe de um dos adolescentes suspeitos de atirar contra um estudante dentro do câmpus da Universidade de São Paulo (USP) na noite de terça-feira foi ao 91º Distrito Policial (Ceasa) buscar informações sobre o filho. O menor, de 16 anos, foi apreendido junto com outros dois adolescentes pouco após o crime, que começou com uma tentativa de assalto.

A mulher, de 30 anos, lamentou as escolhas do filho – ele chegou a cumprir medida socioeducativa na Fundação Casa por um ano e três meses devido a um sequestro. “Não sei mais o que fazer. Essa foi a vida que ele escolheu”, disse. Ela contou que, normalmente, chega em casa no momento em que o jovem está na escola – ele estuda à noite e cursa a 7ª série do ensino fundamental. Na noite do crime, a mãe estranhou o desaparecimento do adolescente e perguntou aos vizinhos se tinham alguma informação sobre ele. Foi quando descobriu que o filho havia sido detido pela polícia.

Outros dois adolescentes de 17 anos envolvidos no crime foram apreendidos por policiais das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) e do 16º Batalhão. O trio, de acordo com os agentes, confessou a tentativa de roubo no momento da detenção. A polícia busca testemunhas que possam reconhecer os suspeitos.

O estudante Alexandre Simão de Oliveira Cardoso, de 28 anos, levou um tiro nas costas, que atravessou seu tórax, nas imediações do prédio onde estuda. Ele foi levado ao Hospital Universitário e passou por cirurgia. Segundo nota divulgada pela reitoria da USP, o estudante permanece internado e apresenta boa recuperação. Ainda de acordo com a nota, “garantir a segurança dos usuários do câmpus tem sido uma das principais metas da administração central da universidade”.

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Neste ano, a USP decidiu adotar um modelo de policiamento comunitário e vai instalar mais de 450 câmeras em seu câmpus.

(Com Estadão Conteúdo)