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Flexa Ribeiro pode ser terceiro senador do PSD

Sigla, que sai do papel após decisão do TSE, precisa agora de três senadores para formar bancada e conseguir vantagens administrativas

Por Luciana Marques
28 set 2011, 15h06

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pode ser o terceiro senador a integrar os quadros do PSD, ao lado de Kátia Abreu (TO) e Sérgio Petecão (AC). O tucano conversou nos últimos dias com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sobre a provável filiação e deve tomar uma decisão até segunda-feira. Ribeiro pretende disputar a prefeitura de Belém em 2012 – o nome do deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) também é ventilado para concorrer ao cargo.

“Estou fazendo uma avaliação política do processo. Mesmo se me filiar ao PSD, continuarei na oposição construtiva. O Kassab me garantiu que o partido será independente, então votarei a favor dos projetos do governo se forem de interesse da nação”, afirmou o senador ao site de VEJA. O regimento do Senado exige o mínimo de três senadores para a formação de uma bancada partidária – motivo pelo qual o PSD está cortejando alguns senadores. Além de Flexa Ribeiro, a legenda espera convencer o senador Jayme Campos (DEM-PA) a migrar para a nova sigla. O democrata, no entanto, não sinalizou que vá migrar para o PSD até agora.

Espaço – Se conseguir formar uma bancada, o PSD garantirá mais espaço, não só político, mas físico no Senado. Ou seja, vai pedir gabinetes extras para reuniões. O DEM, contudo, diz que não vai ceder seu espaço ao novo partido, apesar da perda de parlamentares ao PSD. “Não tem o que discutir. Não houve nenhuma eleição agora, então é evidente que devemos manter o espaço”, afirmou o presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN).

O senador Sérgio Petecão, um dos fundadores do PSD, criticou a postura do Democratas: “Será que o DEM não vai se aquietar? Quem é o DEM para dar ordens? Eles vão lutar pelo espaço deles e, nós, pelo nosso”. Além do gabinete da liderança, a bancada tem outras vantagens administrativas, como funcionários comissionados, cota de telefone e um carro. Tudo custeado pelo erário.

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DEM – Para evitar desgastes, o DEM decidiu não recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que concedeu registro ao PSD na noite de terça-feira. “Decisão de justiça é decisão de justiça. O assunto está encerrado”, disse Agripino. O DEM foi o partido que mais saiu prejudicado com a criação do PSD: pelo menos quinze políticos deixaram a legenda. Logo após o julgamento do TSE, o partido anunciou que iria à Justiça.

Na avaliação do cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Francisco Carlos Teixeira, a situação do Democratas tende a piorar. “Todos aqueles que ficaram com medo de aderir ao PSD com medo dele não dar certo agora vão correr, provocando uma sangria no DEM. Acho lamentável a direita perder voz no cenário brasileiro. Temos visto a direita se diluindo no adesismo ao governo”, avaliou.

Teixeira também criticou a postura do PSD, que depois de dizer que não é de direita, nem de esquerda, agora afirma ser de centro. “A legenda não tem nenhuma identidade, é apenas um procedimento eleitoreiro. O partido viabiliza a carreira política de quem não está à vontade em seus partidos. É uma forma também de receber favores do governo federal”, declarou.

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