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Flagrado em grampo sobre Lava Jato, Renan ironiza: ‘Não dá pra criminalizar opinião’

Presidente do Senado se recusou a responder se pediu para o ex-ministro da Transparência Fabiano Silveira recolher informações da PGR

Por Da Redação 31 Maio 2016, 17h08

Um dia depois de o ministro da Transparência Fabiano Silveira ter pedido demissão após ser flagrado orientando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a lidar com as investigações da Lava Jato, o senador peemedebista usou de ironia nesta terça-feira ao comentar a gravação feita pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, um dos mais novos delatores da operação.

“O povo de Alagoas me elegeu para que eu tenha opinião. Na democracia a liberdade de expressão não é só para meios de comunicação, é para todos. Não dá para criminalizar ninguém, absolutamente, porque tem opinião. Isso do ponto de vista da democracia é um retrocesso inominável”, disse Renan Calheiros. Ele não respondeu se o presidente interino Michel Temer estaria errado em demitir os ministros flagrados em grampos e se recusou a esclarecer se pediu para Fabiano Silveira recolher informações da PGR. “Não vou comentar esses fatos porque tudo, absolutamente tudo, diz respeito à opinião, a ponto de vista”. “Pode exigir de um parlamentar que ele tenha posições, jamais que ele não tenha posições”, resumiu.

Nos áudios, revelados no último domingo pelo Fantástico, da TV Globo, Fabiano aconselha Renan a não entregar aos investigadores uma versão dos fatos, pois poderia dar munição para a PGR rebater detalhes da defesa. Em outro trecho, o ex-ministro da Transparência, que na época era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), faz críticas à Lava Jato ao comentar que “eles [procuradores] estão perdidos nesta questão”.

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Em uma terceira conversa, em 11 de março, Renan Calheiros e Sergio Machado comentam a atuação de Fabiano Silveira junto à PGR. “Ele disse ao Fabiano: Se o Renan tiver feito alguma coisa que eu não sei, mas esse cara, p*, é um gênio, usou essa expressão. ‘Porque nós não achamos nada'”, disse Renan no grampo feito por Machado. Por fim, há áudios em que o senador afirma a Fabiano estar preocupado com uma das investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), a que apura se ele e outros agentes receberam propina disfarçada de doação eleitoral para beneficiar um consórcio em uma licitação para renovar a frota da Transpetro.

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