Polícia investiga participação de adolescente em morte de família
PM não descarta hipótese de o autor de chacina na Zona Norte de São Paulo ser o filho do casal, de 13 anos; casa não tinha sinais de arrombamento
O filho de 13 anos de um casal de policiais militares mortos nesta segunda-feira na Zona Norte de São Paulo pode ter participado da chacina que vitimou também a avó e a tia-avó do menino, segundo uma das hipóteses investigadas pela polícia. Nessa hipótese de investigação, o adolescente teria matado a família e se suicidado na sequência.
A família morava em duas casas no mesmo terreno, na Rua Dom Sebastião, no bairro Vila Brasilândia. Os corpos do garoto e dos pais – o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luís Marcelo Pesseghini e a cabo do 18º Batalhão Andreia Regina Bovo Pesseghini – foram encontrados sobre um colchão em uma das casas. A avó e a tia-avó estavam na outra residência, em uma cama e cobertas.
De acordo com o boletim de ocorrência, fornecido pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), o adolescente foi encontrado morto com uma pistola .40 na mão esquerda. Na garagem, policiais encontraram uma mochila com uma faca, uma arma calibre 32 e outros objetos. Na ocorrência também consta que o carro de Andreia, um corsa Classic, não estava na garagem, como de costume. O veículo foi encontrado próximo à escola onde o filho estudava, a 5 quilômetros do local do crime.
Em entrevista no local do crime na noite desta segunda-feira, o comandante da PM, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou que há indícios de que o menino chegou a ir à escola no dia do crime. “Tudo leva a crer que o garoto foi à escola, porque ele tinha um bilhete que foi encontrado agora com uma recomendação aos pais para providenciar alguns documentos pendentes do filho.”
Segundo informações do comando da PM à rádio CBN, está descartado que as mortes sejam um ataque à corporação. A ausência de sinais de arrombamento e a organização da cena do crime, que não estava revirada nem tinha sinais de luta, reforçariam a hipótese de particiação do adolescente.
Segundo a SSP, a polícia foi acionada por uma testemunha que achou estranho o fato da casa estar aberta e com as luzes acesas. A pessoa tentou chamar pelos moradores, mas como ninguém atendeu, ligou para a PM.