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FHC: Brasil precisa de ‘ventos novos’

Ex-presidente participou de sessão em homenagem aos vinte anos do Plano Real e afirmou que há desgaste do grupo que está no poder

Por Gabriel Castro, de Brasília
25 fev 2014, 12h51

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta terça-feira que há “fadiga de material” no governo Dilma Rousseff e que o país precisa de “ventos novos”. O tucano, que compareceu a uma sessão em homenagem aos vinte anos do Plano Real no Senado, evitou fazer críticas diretas aos petistas, mas afirmou que as mudanças no poder são naturais.

Fernando Henrique foi acompanhado todo o tempo pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), a quem citou como “um bom candidato” à Presidência. “Eleição depende muito do momento e da força que o candidato demonstra. O que ele tem de dizer ao país é isso: eu tenho um caminho, o caminho é esse”, disse o ex-presidente, que prosseguiu: “Eu acho que, a partir de certo momento, há uma fadiga de material. Eu sofri isso. E agora tem essa fadiga. De novo, o mesmo? O Brasil é um país novo. Precisa de aeração, de ventos novos.”

O ex-presidente disse que a permanência de um mesmo grupo no poder cria um desgaste natural, e que o PT chegou a essa etapa: “Eu não fico jogando pedra nos meus sucessores. Eles fazem o que podem, dentro de circunstâncias. Mas chegou a hora em que tem que mudar. Eu acho que agora estamos chegando numa hora de mudança”.

Real – Fernando Henrique afirmou que a implementação do Real teve momentos de tensão e criou resistências dentro do próprio governo. O então ministro da Fazenda chegou a entregar o cargo. “Eu cheguei até a pedir demissão na véspera, porque havia muita resistência de ministros que não entendiam o processo. Mas o presidente Itamar foi firme”, disse o tucano.

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O ex-presidente também afirmou que a economia brasileira precisa de novos ajustes: “O Brasil está num compasso um pouco diferente do compasso do mundo. Tem que ajustar de novo. Mas vamos ser otimistas”, declarou o tucano.

Em seu discurso na tribuna do Senado, FHC – que recebeu da Casa a medalha Ulysses Guimarães – pediu uma reforma política e administrativa. “Não dá mais. Ter trinta partidos e 39 ministérios é a receita para a paralisação da administração”, afirmou.

O tucano também criticou a postura dúbia do PT sobre as privatizações – que, na gestão da presidente Dilma Rousseff, são chamadas de “concessões”. “O que eu fiz com a telefonia não foi concessão? É a mesma coisa. Por que ter medo de dizer as coisas? Por que não dizer a verdade?”, disse Fernando Henrique.

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