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Fernando Bittar, sócio do sítio de Lula, contrata advogado de empreiteiro

Propriedade rural está na mira da Lava Jato por suspeita de que tenha sido reformada pela OAS e Odebrecht em troca de contratos com o governo

Por Da Redação
11 fev 2016, 11h34

O advogado Alberto Zacharias Toron, que na Operação Lava Jato já defendeu o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, assumiu a defesa do empresário Fernando Bittar, em cujo nome está a escritura do sítio em Atibaia (SP) usado pelo ex-presidente Lula e seus familiares. Bittar assina a escritura ao lado de Jonas Suassuna: ambos são sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do e­­x-presidente. O sítio Santa Bárbara, de 173.000 metros quadrados, é alvo de investigação da Lava Jato. A suspeita é que o imóvel tenha sido reformado e mobiliado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht como compensação por contratos com o governo.

Fernando Bittar é filho de Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas e amigo pessoal de Lula.

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Em discussões internas, o nome de Toron chegou a ser sugerido por dirigentes do PT para a defesa do próprio Lula. Parte da cúpula do partido avalia que a defesa do ex-presidente ainda carece de um “nome de peso” no meio jurídico. “Estou trabalhando na defesa do Fernando Bittar. Acho que isso não tem maior significado no ponto de vista do ex-presidente Lula”, disse Toron. “Não me inteirei do caso ainda. Segunda-feira vou para Curitiba examinar os autos.”

O criminalista foi o autor do habeas corpus que tirou da cadeia e levou para prisão domiciliar empreiteiros e executivos de empresas – entre eles Pessoa e José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, da OAS – acolhido em abril do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal. Essa foi considerada a primeira grande vitória das defesas sobre as decisões do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.

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Na segunda-feira, Lula esteve na Baixada Santista, litoral paulista, para uma visita a Jacó Bittar. Conforme vizinhos, o ex-presidente chegou ao edifício, localizado no bairro Ilha Porchat, por volta de 13 horas. A informação é que ele teria seguido para o sétimo andar e passado o dia no local, deixando São Vicente no final da noite. Durante a visita, um carro com seguranças permaneceu fazendo a escolta do petista no estacionamento.

Aos serem questionados, os porteiros dos edifícios Sanvi Porchat e Guarú Porchat informaram que desconheciam a visita de Lula e também não sabiam dizer se Jacó Bittar residia conjunto. Uma moradora, no entanto, confirmou que o ex-prefeito de Campinas reside no prédio. Segundo ela, Jacó sofre do Mal de Parkinson.

Procurado nesta quarta-feira, o Instituto Lula, presidido por Paulo Okamotto, não foi encontrado.

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(Com Estadão Conteúdo)

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